Movimentos sociais articulam atos contra o aumento da passagem em Feira de Santana
20/01/2015
Na última quinta-feira (15) estudantes organizados por entidades de representação estudantil, movimentos sindicais e populares se reuniram na praça de alimentação na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Feira de Santana em um ato contra o aumento da passagem do transporte público. A atual tarifa que era de R$ 2,35 passou a custar R$ 2,70.
Ainda na concentração do ato, que se tornou um espaço de auto-organização, foram confeccionados cartazes e os presentes articularam as próximas ações conjuntas. Um novo ato está sendo convocado para a próxima quinta-feira (22) às 14h no mesmo local. O objetivo é mobilizar a sociedadecontra o aumento abusivo que não se caracteriza em uma melhora na qualidade do transporte na cidade.
Muito além dos centavos
Com uma frota limitada de ônibus sucateados, o transporte público na cidade de Feira de Santana mingua por falta de investimento. Os constates aumentos na tarifa do serviço que deveria ser público não é exclusividade apenas de Feira. A concessão de linhas para empresas privadas fortalece o monopólio e o lucro das mesmas à custa dos trabalhadores e trabalhadoras. Também na semana passada, no dia 16, o Movimento Passe Livre organizou atos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis, onde a tarifa também sofreu reajuste, e já convoca para o próximo dia 23 mobilizações em Salvador, Praia Grande e Osasco, ambas no estado de São Paulo.
“O aumento da passagem é algo vergonhoso, visto que Feira de Santana já é a segunda cidade do nordeste que tem a passagem mais cara e que oferece um serviço de péssima qualidade. A mobilidade urbana de Feira de Santana é um fracasso. Além do que, a gente percebe que a prefeitura não toma uma providência, com isso a população acaba pagando caro”, declarou Iracema Santos, estudante de educação física da Uefs e representante do DCE.
Para o professor de economia da Uefs e diretor da Adufs, Rosevaldo Ferreira, o aumento “vai impactar muito a renda do trabalhador. Ele vai gastar em torno de 20% de sua renda em transporte, além do que e vai aumentar o custo do vale transporte das empresas. Esta tarifa vai aumentar a exclusão social e a imobilidade urbana de Feira de Santana”. Após a concentração, o ato seguiu em direção à Avenida Senhor do Passos, interditando a via que dá acesso à sede da Prefeitura.
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