Docentes comemoram as conquistas e reforçam a importância da luta

19/05/2014

Debates sobre As universidades e a ditadura: repressão e modernização, com Rodrigo Motta (Ufmg), e 50 anos do golpe: as lições para o presente, com Ceici Kameyama (Intersindical), além de um animado coquetel marcaram as comemorações do 33º aniversário da Adufs.
 
Segundo Rodrigo Motta, os governos militares se empenharam em modernizar as instituições de ensino superior e impuseram uma política desenvolvimentista autoritária de formação de mão de obra e de pesquisa. “Dentro das universidades públicas brasileiras, a ditadura foi uma combinação de repressão e modernização. Embora a estrutura que temos hoje seja a que o regime legou, mudanças visando à democratização têm sito adotadas”, informou. Durante o debate, o professor lançou o livro As universidades e o regime militar: cultura política brasileira e modernização autoritária.
 
À tarde, Kameyama fez um histórico sobre as condições em que o Brasil se encontrava no momento do golpe militar de 1964 e analisou a atual conjuntura. Enfatizando a necessidade da unificação da classe trabalhadora em torno de suas reivindicações históricas e imediatas, pontuou como o Partido dos Trabalhadores e a Central Única dos Trabalhadores sofreram um processo de deterioração político-ideológica e, atualmente, operam as políticas que interessam à burguesia e não mais aos trabalhadores.
 
À noite, houve confraternização com boa música, comes e bebes e a distribuição de camisas, brinde do aniversário. Os (as) professores (as) que quiserem obtê-la podem passar na sede da Adufs. Veja as camisas
 
Durante os eventos, a diretoria da Adufs reforçou o compromisso com o projeto de universidade pública e convocou a categoria à luta por mais recursos. “Comemoramos 33 anos num momento de luta por 7% da RLI e por melhores condições de trabalho, sem deixar de lado o debate sobre as reivindicações da classe trabalhadora”, afirmou Elson Moura. Para Elizete Silva, ex-diretora da Adufs, “a Associação defendeu e continua defendendo uma universidade pública, democrática, de qualidade e referenciada”. Já Eloi Barreto, professor aposentado e um dos fundadores da Associação, disse que “é uma alegria muito grande comemorar esses 33 anos. Posso dizer sem medo de falsa retórica: a Uefs não seria a referência nacional que é hoje se não fosse a Adufs com sua luta ao longo dos anos”.

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