Movimento Docente exige nova proposta do governo

24/04/2013

Terça-feira (23), o Fórum das ADs entregou ao governo um documento com as deliberações e encaminhamentos das quatro assembleias sobre a proposta apresentada à categoria. Mesmo os professores apontando a possibilidade de redução do percentual de reajuste salarial em relação aos 28% como forma de avançar nas negociações, o que se ouviu por parte dos representantes do Estado foi que a mesa tinha retornado ao ponto inicial. O governo propôs o pagamento de 4% a partir de junho de 2014, o que foi considerado pouco pela categoria, mas um ponto de partida para se exigir um percentual maior e em menor prazo.

“Uma proposta de reajuste de vencimento como essa não é exequível, pois, ainda que o reajuste passe de 4% para 14%, o Estado não possui arrecadação para levar a negociação nesse patamar. Com relação ao reajuste linear, informo que deve ser objeto de uma mesa central, que, neste momento, está descartada”, disse o superintendente de Recursos Humanos da Secretaria Estadual da Administração (Saeb), Sérgio Tambone.

Outro ponto de impasse apresentado na mesa de negociação refere-se ao restante da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET). O governo propõe a incorporaçãoaté 2014, quando a reivindicação do MD é de que aconteça ainda em 2013. A proposta do governo de alteraros Incentivos por pós-graduação (IPG) em substituição ao reajuste salarial, mesmo incluindo os Especialistas, foi rejeitada. Em contrapartida, deliberou-se pela criação de um Grupo de Trabalho bipartite que faça os estudos sobre a Carreira, baseando-se no Estatuto do Magistério Superior, a partir do próximo ano, e que os resultados vigorem a partir de 2015, sem prejuízos da reposição inflacionária e de outros ganhos salariais.

Após intensa discussão que perdurou por mais de três horas, o MD exigiu que, até a próxima segunda-feira (29), o governo entre em contato com o Fórum das ADs e marque uma nova reunião para apresentação de uma proposta que se aproxime das reivindicações da categoria

No intuito de cobrar celeridade na negociação, foram aprovadas algumas mobilizações, como o dia de paralisação das atividades acadêmicas, em 23 de abril, com concentração na Fundação Luís Eduardo Magalhães; indicativo de greve; veiculação de um VT exigindo o pagamento do reajuste linear ao funcionalismo público, nesta quinta-feira (25), e apoio ao ato público organizado pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), que também ocorrerá no dia 25.

Leia Também