Revogar a Reforma do Ensino Médio por uma educação pública de qualidade!
22/03/2023
Protestos foram organizados em diversas cidades do país
Contrárias (os) aos efeitos perversos
do Novo Ensino Médio ao processo de ensino-aprendizagem de crianças e
jovens brasileiras (os), direcionados aos e às jovens e adolescentes da classe
trabalhadora, e ao acesso destas (es) às universidades públicas, estudantes e
docentes de Feira de Santana foram às ruas reivindicar a revogação da reforma.
Uma mobilização foi realizada em frente à Prefeitura, onde também houve roda de
conversa sobre o assunto. A atividade, denominada Dia Nacional de Mobilização
pela Revogação do Novo Ensino Médio, ocorreu na última quarta-feira (15), como
parte dos protestos organizados em diversas cidades do país. Professoras (es)
da Uefs endossaram o ato construído no município. Ao final da manifestação, foi
aprovada a formação de um grupo, a fim de avançar nas estratégias em defesa da
educação pública.
Nas falas, as/os manifestantes destacaram que
o Novo Ensino Médio aumenta o fosso da desigualdade educacional do país, pois piora
as condições de escolarização das/dos alunas/alunos mais pobres, que já sofrem
com um sistema de ensino público sucateado. Os presentes também rechaçaram os retrocessos
impostos pela reforma, a exemplo da redução da carga horária de disciplinas
tradicionais e de matérias essenciais à reflexão crítica, como português e
sociologia, com a entrada de Itinerários Formativos na grade curricular; a
existência de escolas públicas sem infraestrutura para manter o novo formato,
potencializando as diferenças existentes entre estas e as unidades de ensino
privadas; a ausência da discussão da lei que instituiu o Novo Ensino com a
sociedade, mesmo sob forte resistência de alguns setores da Educação ao
projeto, demonstrada inclusive em mobilizações realizadas em Feira de Santana;
aumento da carga horária, prejudicando alunas (os) mais pobres que precisam
trabalhar; conter uma proposta de formação que atende às fundações
empresariais; além de ainda precarizar o trabalho da/do professora/professor.
Ainda conforme as críticas das/dos
manifestantes ao Novo Ensino Médio, a (o) estudante pode cumprir a carga
horária escolar online através de livro didático produzido pelo
Sistema S. O envolvimento desse Sistema no processo de ensino é um outro
problema da reforma, pois, além de destinar recursos públicos para a iniciativa
privada, garante aos empresários a condução ideológica do processo de ensino e
aprendizagem. O sistema S é composto por conjunto de entidades
empresariais - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),
Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Social da Indústria (Sesi) e o
Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop) e Serviço Social de Transporte (Sest).
Somaram-se às/aos discentes e docentes da
Uefs, no ato em frente à Prefeitura de Feira de Santana, alunas (os) da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) e representantes de partidos
políticos.
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