Governo não marca audiência e Fórum das ADs indica mobilização
18/07/2012
Completam-se 34 dias que o Fórum das ADs protocolou a Pauta de Reivindicações 2012 junto à SEC, SAEB e Casa Civil e, até o momento, o governo não marcou a audiência para que as negociações sejam iniciadas. Considerando que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) está em tramitação até 31 de agosto, para então ser apreciada e votada na Assembléia Legislativa, definindo o orçamento para 2013, é necessário que a negociação ocorra imediatamente.
No intuito de definir a mobilização para pressionar o governo a marcar a reunião, o Fórum das ADs se reúne nesta sexta (20), na Aduneb, a partir das 14 horas. Estará em discussão a realização de Dias Estaduais de Luta, a campanha de mídia e outras atividades, a exemplo do Seminário sobre Autonomia, Financiamento e Democracia, ocorrido na Uneb no dia 3 de julho.
A diretoria da Adufs entende que as estratégias são fundamentais para forçar o governo a discutir a pauta de reivindicações 2012. Segundo Jucelho Dantas, coordenador da associação, “é preciso que a categoria mostre ao governo sua disposição em defender a pauta. O governo precisa marcar a primeira audiência urgentemente, daí a necessidade de cobrar com mobilização para que isto aconteça”.
A pauta protocolada envolve reajuste salarial de 28% e, pelo menos, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as UEBA, além da defesa da autonomia universitária.
A condição de piores salários entre as universidades estaduais nordestinas é vergonhosa e inaceitável. O seminário promovido pela Coordenação do Ensino Superior da SEC sobre Sustentabilidade financeira, na UESB, no mês de junho, demonstrou irrefutavelmente, com dados das UEBA, que os quase 5% da RLI que já lhes são destinados estão muito longe de atender às demandas para sua consolidação ou expansão. Portanto, é imperativo que, para 2013, o governo petista aumente esta cota para, no mínimo, 7% da RLI.
O coordenador da Adufs lembra que o Termo de Acordo assinado ao final da greve no ano passado já prevê uma negociação sobre a incorporação do restante da CET no dia 8 de janeiro de 2013. “A categoria precisa estar firme para que o governo não se sinta à vontade para propor um cronograma pior do aquele que foi rejeitado”, conclui Jucelho Dantas. Assim, faz-se necessário combinar a mobilização pela pauta referente a 2012 e, ao mesmo tempo, pressionar para que o restante da incorporação da CET seja feita da forma mais interessante para os docentes.