Governo estadual segue cartilha de Dilma: corta R$ 783 milhões do orçamento de 2012

10/04/2012

Mais uma vez o governo Wagner quer que a população pague pela crise. Na segunda (02) os secretários da Fazenda, Carlos Martins, do Planejamento, José Sergio Gabrielli, e da Administração, Manoel Vitório, anunciaram na sede da Secretaria da Fazenda, em Salvador, um corte de R$ 783 milhões no orçamento do Estado em 2012. O ajuste representa 2,7% do total do orçamento, que passa de R$ 28.951 bilhões para R$ 28.168 bilhões.

Se antes deste corte a situação era preocupante, agora, pode-se esperar mais dificuldade e desrespeito aos direitos dos docentes. Logo no início deste ano, a Assessoria de Planejamento (ASPLAN) da UEFS informou que o orçamento de 2012 será insuficiente para sua manutenção. O governo, no entanto, anda alardeando que aumentou o orçamento das universidades estaduais da Bahia (UEBA). Isto é uma meia-verdade: obviamente que, nominalmente, houve um aumento, caso contrário seria uma redução! Ocorre que tal aumento é absolutamente insuficiente para as demandas orçamentárias que garantam condições dignas de trabalho e qualidade. “O governo apenas colocou toda a verba para pessoal destinada do ano e remanejou o dinheiro dos outros setores, deixando a área de manutenção e investimentos, fundamental para que possamos desenvolver nosso trabalho com qualidade, com recursos insuficientes”, explica o coordenador da ADUFS, Gean Santana.

Em 2011, as UEBA enfrentaram redução orçamentária com o Decreto 12.583/11 pelo mesmo suposto motivo, a crise. “O governo Wagner continua sua política de alinhamento com o governo federal, fazendo quem mais precisa pagar por quem mais tem”, ressalta o professor Gean. “É preciso que a categoria se prepare para mais um ano de dificuldades e de luta. As condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas e o governo nem sequer está cumprindo o acordo de marcar reuniões com a comunidade acadêmica para tentar solucionar os inúmeros problemas, ainda usando a desculpa de que prepara o PL da autonomia”, finaliza Gean.

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