Após protesto contra Bolsonaro, neste sábado (9), manifestantes anunciam ato público para 1º de maio
09/04/2022
Representantes de variadas categorias endosasaram a manifestação
Preocupação com a dificuldade do trabalhador para
sobreviver aos sucessivos aumentos na conta de luz, do gás de cozinha, combustíveis,
medicamentos e alimentos. Indignação com crimes de variadas ordens praticados pelo
governo federal. Essas foram algumas das falas dos ativistas de diversos
matizes sócio-políticos presentes ao ato público pelo Bolsonaro nunca mais,
realizado neste sábado (9), em frente à Prefeitura de Feira de Santana. Cientes
de que a luta contra a continuidade do projeto fascista e ultraliberal de
Bolsonaro e sua equipe precisa ser de toda a classe trabalhadora, manifestantes
também registraram, ainda em suas falas, que é preciso ocupar as ruas, exigindo
um governo comprometido com uma política que defenda uma sociedade justa e
igualitária. Nessa perspectiva, um novo ato público deve ser realizado em 1º de
maio, data que marca o Dia Internacional de Luta do Trabalhador.
Os manifestantes reivindicaram ações emergenciais,
principalmente para atender àqueles historicamente marginalizados, a exemplo dos
pobres, idosos, mulheres, negros, LGBTs, povos originários e pequenos
produtores rurais, que ficaram em condições de vida ainda mais precárias diante
do recrudescimento da crise econômica e social do país pós pandemia causada
pela Covid-19. Entre as reivindicações estão a redução e congelamento dos
preços dos alimentos e combustíveis; revogação das reformas Trabalhista e da
Previdência; reforma agrária; redução da jornada para gerar empregos; mais a
suspensão de privatizações das empresas públicas.
Em sua fala, além da crítica e repúdio à política
criminosa do governo federal para o Brasil, Elson Moura, diretor da Adufs, reafirmou
que é necessário manter a autonomia política do movimento, para ter a
independência de se posicionar contra políticas dos governos estadual e
municipal que vão de encontro à classe trabalhadora. Moura criticou as ações de
Rui Costa e sua equipe que se assemelham ao projeto de Bolsonaro, incluindo o
processo de desvalorização dos servidores públicos e a agenda de violência e de
extermínio da população negra e periférica. Ao tratar sobre a violência, o
professor da Uefs repudiou a extrema truculência da Prefeitura de Feira de Santana para lidar com a reivindicação dos professores da rede pública municipal por melhores condições de trabalho e estudo.
“Nós não temos dúvida de qual é o nosso lado também na
pauta municipal, mais precisamente o que aconteceu 58 anos depois do golpe
político-militar de 64, nesta cidade. Parecem existir saudosos e saudosas dos
porões da ditadura na Prefeitura de Feira de Santana. Por isso, prestamos nossa
solidariedade aos docentes da rede municipal. Na Câmara de Vereadores citamos
que esse acontecimento tem de ficar marcado na história para que nunca mais
aconteça, mas no lixo da história; esse é o lugar que a gestão Colbert Martins
tem de ir. Quem luta com autonomia e independência enfrenta o governo federal e
municipal, mas não contorna o governo estadual. A pauta dos docentes das estaduais
está parada há dois anos e o governo Rui Costa não negocia. Sem falar nas
quatro reformas da Previdência, privatização de espaços públicos e das
políticas de segurança que matam negro e pobre nas periferias, todos os dias”, alertou
o diretor da Adufs.
O ato público do dia 9 de abril foi aprovado
pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne sindicatos, movimentos sociais
e entidades de todo o país. Neste sábado (9), representantes
de mais de 80 entidades de todo o Brasil ocuparam as ruas de diversas cidades.
Em Feira de Santana, as mobilizações são construídas pelo Movimento Fora Bolsonaro Feira de Santana,
cuja diretoria da Adufs faz parte.