Bancários e carteiros suspendem greve, mas professores do RJ mantêm movimento

14/10/2013

Embora o Movimento Nacional de Oposição Bancária (Mnob), ligado à CSP –Conlutas,   propusesse a rejeição da proposta dos banqueiros, a categoria resolveu aceitar a proposta apresentada na última sexta-feira (11) de reajuste de 8% ( aumento real de 1,82) e suspender a greve que já perdurava 22 dias.  A reivindicação era de 11,93% de reajuste. Em nota, o Mnob destacou que a greve só poderia acabar se as principais reivindicações da categoria fossem atendidas: um aumento decente, o piso do Dieese, isonomia de direitos, jornada de seis horas sem redução salarial e abono dos dias parados.

Em se tratando dos Correios, os trabalhadores findaram a greve na quinta-feira (10), após o julgamento do dissídio pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para o diretor do Sintect - PE, Hálisson Tenório, membro da FNTC, nesta greve foi determinante a unidade dos trabalhadores. “A categoria não se intimidou com a empresa por ela ter cooptado os dirigentes sindicais dos dois principais sindicatos (Rio de Janeiro e São Paulo). A estratégia da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) era que, não saindo a greve nas maiores bases do Brasil, as demais não iriam se mobilizar. Enganou-se completamente e o que se viu foi uma greve geral, sem a participação de RJ e SP”, avaliou. 


Já os professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro permanecem em greve. Na semana passada, milhares de pessoas foram às ruas do Rio de Janeiro em apoio à categoria. Em São Paulo, professores, bancários em greve e estudantes ocuparam a Avenida Paulista em apoio à luta dos docentes cariocas.

MOBILIZAÇÃO CONTRA OS LEILÕES DA PETROBRÁS

Nesta quinta-feira (17), a CSP-Conlutas e demais entidades sindicais, do movimento popular e estudantil convocam um Dia Nacional de Mobilização contra o leilão de Libra, anunciado pelo governo Dilma para o dia 21 de outubro. Caso ocorra, será a maior privatização já vista no Brasil. O petróleo do país irá para as multinacionais, e nenhum centavo será destinado para o povo. Está claro que, dessa forma, o governo brasileiro compromete o futuro da população para defender os interesses das grandes empresas, pois qualquer poço explorado na área do pré-sal terá petróleo, e a união terá que ressarcir os custos que essas empresas tiveram para perfurar o poço.

MOVIMENTO MULHERES EM LUTA

O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, realizado de 4 a 6 de outubro, foi considerado pelos organizadores como o maior evento de feministas classistas dos últimos 20 anos. Com a participação de 2.300 mulheres, a atividade, marcada pela diversidade, contou com a presença de trabalhadoras dos Correios, bancárias, metalúrgicas, operárias da construção civil, estudantes, profissionais da Educação, servidoras públicas e outros setores.
 
Segundo a professora Larissa Penelu, diretora da Adufs, “foi uma oportunidade ímpar para debater a questão de gênero sob vários aspectos, tomando a inserção na classe trabalhadora como parâmetro”.
 
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