Docentes das estaduais da Bahia pedem negociação com o governador no Cortejo 2 de Julho
03/07/2023
Com faixas “Jerônimo,
Bora Negociar?!” e “O serviço público baiano resiste”, professores (as) da
Uneb, Uesb, Uefs e Uesc protestaram nesse Cortejo 2 de Julho junto com
servidores (as) estaduais. As reivindicações fazem parte das demandas da
“Frente Unificada 4% não dá”, que reúne diversas categorias do funcionalismo
público que lutam contra desvalorização salarial dos (as) servidores (as)
públicos (as) estaduais e pela abertura de negociação com o Governo do Estado.
O bloco reuniu mais de 15 entidades que ocuparam as ruas da Lapinha ao
Pelourinho, em Salvador, com faixas, pirulitos e panfletos para dialogar
sobre a importância dos (as) servidores (as) públicos (as) para a sociedade
civil e a democracia.
Pelas ruas de Salvador,
milhares de pessoas desfilam numa das manifestações populares mais representativas
da força e bravura, principalmente das populações negra e indígena, nas lutas
pela independência. "Com tiranos não combinam brasileiros corações:
Jerônimo, bora negociar?!” foi a principal bandeira da unidade entre o
bloco. Uma das datas mais emblemáticas e tradicionais da história baiana,
o 2 de Julho completou 200 anos neste domingo. O marco celebra a independência
do Brasil na Bahia. O dia em que as batalhas iniciadas em fevereiro de 1822
chegaram ao fim e as tropas portuguesas foram expulsas do Estado, consolidando
o fim do domínio de Portugal, em 1823.
“O bicentenário da
independência do Brasil na Bahia é uma data para resgatar o espírito de
resistência inspirador. E, por isso mesmo, consideramos esse um momento
oportuno para colocarmos o nosso bloco na rua em defesa do serviço público
baiano, que é um patrimônio do povo de estado. Existe uma insatisfação das
diversas categorias de servidores (as) públicos sobre a precarização do
funcionalismo público estadual tanto do ponto de vista de direitos quanto do
ponto de vista de investimento. Mesmo com o reajuste salarial ocorrido no
primeiro semestre, trabalhadores (as) do Estado acumulam uma desvalorização
salarial que chega, em média, a 40% de perdas inflacionárias de acordo ao
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(DIEESE). E a queixa pelo tratamento unilateral sem mesa de negociação,
nem mesmo a proposta de reajuste salarial apresentada em abril foi submetida à
negociação. Não dá para continuar assim. É tempo de somar forças para a
luta pela garantia direitos”, defende Elson Moura coordenador geral do Fórum
das ADs e da ADUFS.
Também fez parte da
agenda de lutas do final de semana dos (as) docentes a reunião ampliada
ocorrida neste sábado (1). Convocados (as) pelo Fórum das ADs, cerca de 60
docentes estiveram reunidos no Hotel Sol Victoria Marina, em Salvador, numa
Reunião Ampliada para a construção de estratégias de luta do Movimento Docente.
A reunião teve como tema Atualização do Plano de Lutas e contou com
representantes das quatro Associações Docentes das Universidades Estaduais da
Bahia. Foram apresentadas atualizações sobre a situação orçamentária do Estado
da Bahia e as perdas salariais.
Não é a primeira vez que a Reunião Ampliada acontece na véspera do Dia da
Independência da Bahia, importante data para a manifestação política do Fórum
durante o tradicional Cortejo 2 de Julho.
Texto e imagens: Fórum das ADs.