Vacinação tem queda no país e doenças ameaçam em meio à ausência de campanhas
31/08/2022
Levantamentos
divulgados no último período revelam que a imunização infantil vem caindo de
forma significativa no Brasil e se encontra atualmente nos mais baixos níveis
dos últimos 30 anos. Em 2021, cerca de 60% das crianças foram vacinadas contra
a hepatite B, o tétano, a difteria e a coqueluche. Contra a tuberculose e a
paralisia infantil, perto de 70%. Contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, o
índice não chegou a 75%. A baixa adesão se repetiu em diversas outras vacinas. Para
que exista a proteção coletiva e o Brasil fique blindado contra as doenças, o
recomendável por médicos e especialistas é que entre 90% e 95% das crianças, no
mínimo, estejam imunizadas.
A
poliomielite voltou a assombrar o país. O Brasil é considerado livre da
paralisia infantil desde 1994. Porém, em 2021, foi registrado apenas 69,4% das
crianças vacinadas. Com isso, o país voltou ao grupo de risco para a doença. O
quadro em relação ao sarampo é semelhante.
Questionado
sobre esse quadro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu a baixa
vacinação a uma “situação mundial”. De fato, os dados de redução da vacinação
infantil são um fenômeno que vem sendo observado em vários países. Mas, outros
dois fatores destacados são os movimentos antivacina e a redução de campanhas
educativas.
Fonte: CSP-CONLUTAS,
com edição.