Coordenação Nacional aprova construção de jornada de lutas por trabalho e emprego
24/05/2022
Reunida
de forma híbrida, entre os dias 20 e 22 de maio, a Coordenação Nacional da
CSP-Conlutas travou importantes debates sobre conjuntura nacional e
internacional. O resultado foi o encaminhamento de resoluções e moções sobre
variados temas, como educação, aposentadoria, negros e mulheres. Como resolução
nacional unitária foi aprovada a construção de uma jornada de lutas por salário
e emprego. Os que participaram da atividade no formato presencial
encontraram-se em São Paulo, onde também reafirmaram a disposição para a luta.
A Adufs foi representada pelas professoras Reinalda Oliveira e Gracinete
Bastos.
O plano
de ação aprovado prevê uma campanha nacional de solidariedade aos movimentos
paredistas em curso, com unificação das lutas e construção da greve geral;
convocar a unificação das campanhas salariais; exigir a estabilidade no emprego
para todos os trabalhadores, independentemente da categoria; apoiar e divulgar
a campanha pelo despejo zero, a luta contra o marco temporal e pelas demandas
dos povos indígenas; reivindicar a manutenção das cotas no mundo do trabalho e
da educação; apresentar uma saída classista socialista para o país; e construir
uma jornada nacional de lutas por salário e emprego.
Conforme
avaliação dos presentes à reunião do último final de semana, o governo
Bolsonaro aprofundou a crise econômica, social, sanitária e ambiental do país,
impondo à classe trabalhadora o aumento da exploração, miséria, fome e
desigualdade social. Os participantes ainda lembraram que os patrões
aproveitaram a pandemia causada pela Covid-19 para reestruturar as empresas e,
concomitantemente, diminuir brutalmente os salários e precarizar as condições
de trabalho. Também foram destacadas outras políticas do governo que atacam os
trabalhadores, a exemplo da perseguição aos sindicatos, aprofundamento da
reforma trabalhista e aprovação da Reforma da Previdência, responsável por condenar
milhões de pessoas a não mais se aposentarem. As direções majoritárias das
Centrais Sindicais, que deveriam assumir a defesa das diversas categorias de
profissionais, têm se preocupado em atrelar as lutas ao calendário eleitoral e
impedido a unificação dos trabalhadores para derrubar Bolsonaro.
Em
reação a estes ataques, os participantes defenderam a necessidade da luta pela
conquista de um programa econômico alternativo para a classe trabalhadora que
garanta salário, saúde, moradia e emprego; enfrente o sistema financeiro; atenda
às pautas das mulheres, negros, índios e LGBTQIA+; aponte para a derrota do
capitalismo e a construção de uma sociedade socialista. “A reunião da
Coordenação teve debates importantes sobre o atual contexto nacional e
internacional, a exemplo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as eleições do
Brasil em 2022. Diversas ações foram aprovadas, como o apoio irrestrito,
inclusive financeiro, à Ucrânia. A aliança Lula e Geraldo Alckmin para disputar
as eleições presidenciais não terá apoio da Central, também conforme decisão da Coordenação
Nacional, disse Reinalda Oliveira.