Número de bolsas para pesquisas científicas cai 17,5% na gestão de Jair Bolsonaro

04/05/2022

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A concessão de bolsas para pesquisa científica e para formação de docentes despencou no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na comparação com a gestão anterior. Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação revelam queda de 17,5% no número de bolsistas contemplados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de 16,2% pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A média anual de bolsistas do CNPq caiu de 88,9 mil nos governos de Dilma Rousseff (PT), 2015 a 2016, e Michel Temer (MDB), 2016 a 2018, para 73,3 mil na gestão Bolsonaro (2018 a 2021). Uma redução de 17,5%. Procurada, a entidade ligada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a própria pasta não responderam. O CNPq já atribuiu a redução de bolsas ao corte orçamentário após o fim do programa Ciências sem Fronteiras, que financiou cerca de 93 mil bolsas de estudo para estudantes brasileiras e brasileiros no exterior, no período de 2012 a 2016.

 

A redução nos investimentos também atingiu a Capes, fundação vinculada ao Ministério da Educação. O ano passado registrou o menor volume (284 mil bolsistas) desde 2012 (265 mil). Ficou longe do recorde registrado em 2018, no governo Temer, quando havia 458,9 mil bolsistas. "É trágico. Vários programas foram cancelados nesse período, como o Ciência Sem Fronteiras", avaliou Helena Nader, presidenta da Academia Brasileira de Ciências (ABC). 


Fonte: ANDES-SN, com edição. 

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