Inflação tem maior alta em 19 anos e agrava piora nas condições de vida
17/11/2021
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
que mede a inflação oficial no Brasil, registrou aumento de 1,25% no mês de
outubro. É a maior alta em 19 anos. Em doze meses, o índice bateu na casa dos
10,67%. A alta nos preços atingiu patamares alarmantes que só fazem agravar as
condições de vida dos brasileiros, principalmente os mais pobres. Os dados
foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
abrangem famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. A última vez que o
índice passou dos 10% foi em janeiro de 2016, quando foi registrada inflação
acumulada em doze meses de 10,71%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços
pesquisados pelo IBGE subiram em outubro, com destaque para os transportes
(2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%), que
consequentemente acaba refletindo em outros segmentos, como alimentos. A
gasolina teve alta de 3,10. Foi a sexta alta consecutiva, que acumula 38,29% de
variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses. O grupo dos alimentos e bebidas
(1,17%) foi a segunda maior contribuição no IPCA. No grupo habitação (1,04%),
mais uma vez, a alta foi influenciada pela energia elétrica (1,16%). O gás de
botijão (3,67%) também subiu pelo 17º mês consecutivo em outubro, acumulando
alta de 44,77% desde junho de 2020.
A disparada da inflação acontece em meio a
uma brutal crise social, em que também tem sido registrado o aumento do
desemprego, da pobreza e da miséria no país. A realidade atual é marcada pelas
imagens de famílias em filas para disputar restos de ossos. Mesmo para quem
hoje está empregado, entrar em um supermercado tornou-se uma dificuldade.
Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.