Governo marca reuniões técnicas, mas mantém discurso pejorativo sobre as Ueba
05/11/2012
Tensionado pela mobilização do Movimento Docente (MD), o governo reuniu-se com o Fórum das ADs e o Andes-SN, na última terça-feira (30), disse estar “interessado em negociar” e marcou duas reuniões técnicas antecipando a instalação da mesa Setorial de Negociação, em janeiro de 2013. O primeiro encontro acontecerá no dia 29 de novembro e o outro em 18 de dezembro, ambos na Secretaria Estadual da Educação (SEC), às 9 horas.
Mesmo o governo Wagner sinalizando a disposição em negociar estão mantidos o Ato Público na governadoria e a paralisação das atividades acadêmicas, no dia 22 de novembro. Na tentativa de fortalecer a luta, a Adufs convocou uma reunião conjunta com o Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos (Sintest), Diretórios Acadêmicos (DAs) e Central dos Estudantes (DCE) para o dia 12 deste mês. Ainda em novembro, 13, será realizada assembleia dos professores para avaliação das negociações com o governo e retirada dos representantes do XI Encontro das Ueba, que também irá debater e indicar propostas relativas à pauta.
Segundo indicação do Fórum das ADs, são duas negociações simultâneas: uma refere-se ao restante da incorporação da CET, conforme Acordo firmado ao final da greve de 2011, com a primeira reunião já marcada para o dia 8 de janeiro de 2013; e a segunda refere-se ao reajuste salarial de 28%, que, em março deste ano, significava a equiparação com os salários das estaduais cearenses, os quais, naquele momento, representavam os melhores entre as universidades nordestinas.
Agora, a expectativa é que as reuniões técnicas avancem na formulação de uma contraproposta do governo em relação ao salário-base e que o cronograma da incorporação do percentual remanescente da CET (24,97%) se finde ainda em 2013.
Segundo Gean Santana, coordenador da Adufs e 2º vice-presidente da diretoria nacional do Andes-SN, “após a greve de 2011 e protocolada a pauta da campanha 2012, esta é a primeira reunião do MD com o secretário da Educação. As experiências mostram que o governo só recebe e atende as reivindicações da categoria quando ela se encontra mobilizada”.