Metalúrgicos de São José dos Campos rejeitam proposta e mantêm greve na GM

20/01/2016

Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos rejeitaram, na última terça-feira (19), a proposta da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2015) apresentada pela montadora e decidiram manter a greve iniciada segunda-feira (18). A paralisação continua por tempo indeterminado.

A montadora ofereceu R$ 5.000, enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 6.405. A greve parou 100% das atividades e pressionou a empresa a avançar nas negociações, mas o avanço foi insuficiente e rejeitado por ampla maioria dos trabalhadores.

“O valor mínimo aceitável é R$ 6.405, que equivale a 86% da tabela que nós temos há dois anos”, disse o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Os metalúrgicos cruzaram os braços na segunda-feira para pressionar a GM a aumentar a proposta da PLR 2015. A empresa pretendia pagar apenas R$ 4.250. Após nova rodada de negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a empresa subiu a proposta para R$ 5.000 e antecipação da primeira parcela do 13º salário.

“O 13º salário é um direito nosso, o que estamos discutindo agora é a PLR. Mas se a empresa tem dinheiro para antecipar o 13º, tem para pagar uma PLR maior”, disse Macapá durante a assembleia.

A GM também não pagou a segunda parcela da PLR para as fábricas de São Caetano do Sul e Gravataí. Em São Caetano, os trabalhadores já protocolaram aviso de greve.

A fábrica de São José dos Campos produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissão. A GM tem 4.800 trabalhadores, sendo que cerca de 600 estão em lay-off até o dia 31 de janeiro.

“A nossa luta, além da PLR, é por emprego e contra as demissões nas montadoras. É hora de decretar estabilidade de emprego no país”, concluiu Macapá.

Fonte: CSP-Conlutas

Leia Também