Petrobrás não atende reivindicações da categoria

12/11/2015

A campanha reivindicatória da categoria petroleira chegou ao seu momento mais importante nesta quinta-feira (12), após 48 dias do movimento grevista, iniciado pelos trabalhadores das bases dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) em 24 de setembro. A direção da Petrobrás e o governo federal mais uma vez tentaram enrolar os mais de 80 mil petroleiros de todo o país com uma proposta incompleta, sem aumento real, sem garantia da retirada das punições e sem respostas sobre o Plano de Desinvestimento, e ainda com cláusulas retrógradas e promessas não oficiais.

Os sindicatos da FNP vão encaminhar a proposta para a categoria nas assembleias após o envio do texto completo pelo RH da Petrobrás e a análise do departamento jurídico da entidade. A direção da FNP voltará a se reunir na tarde desta quinta-feira (12) para avaliar os próximos passos da greve. Pela manhã, os petroleiros fizeram um ato em frente ao Edifício Sede (Edise). O movimento grevista já derrotou a tentativa da Petrobrás de impor um novo método de negociação antidemocrático e retrocessos no ACT, como a não reposição da inflação e várias outras cláusulas prejudiciais. Agora, é preciso intensificar a luta para conquistar a suspensão do Plano de Desinvestimento e a venda de ativos, o aumento real, entre outras reivindicações.

A FNP defende a construção de um acordo único do Sistema Petrobrás e a incorporação da Transpetro. A categoria também não aceita acordo que não inclua a garantia da retirada de todas as punições aos grevistas, incluindo descontos, advertências, transferências compulsórias e qualquer outro tipo de retaliação. 

Leia Também