Manifestantes param o país em defesa dos direitos sociais

01/06/2015

Milhares de pessoas foram às ruas de diversas cidades brasileiras, na última sexta (29), para marcar o Dia Nacional de Paralisação indicado por algumas centrais sindicais. Em Feira de Santana, os protestos começaram nas primeiras horas da manhã com o bloqueio, nos dois sentidos, do acesso à BR 324. Exibindo faixas e cartazes em defesa da educação pública e pela valorização do trabalho, os docentes da Uefs reforçaram a mobilização que aconteceu paralelamente na Praça de Alimentação do Centro e, depois, seguiu por algumas das principais vias do município.

Os protestos foram contra o plano de ajuste fiscal, o projeto de lei das terceirizações e as medidas provisórias 664 e 665, que regulamentam a terceirização e determinam novas regras de acesso aos benefícios previdenciários, como Seguro Desemprego, Abono Salarial e Auxílio Doença. Nas falas, críticas ao desrespeito aos direitos trabalhistas e à política dos governos de investimento na iniciativa privada, em detrimento do setor público.

“As Ueba têm sido penalizadas anualmente com a redução da verba de custeio e investimento, comprometendo a vida de estudantes, técnicos, professores, terceirizados e da comunidade externa. As instituições são patrimônio do povo baiano e, por isso, precisam de mais cuidado e respeito. Os professores estão em greve e na luta em defesa da educação pública”, disse o professor e membro do movimento paredista da Uefs, André Uzeda, afirmando que o setor público no país passa por um processo violento de sucateamento.

Além da comunidade acadêmica da Uefs, diversas categorias de trabalhadores endossaram o protesto contra as políticas neoliberais dos governos. Comerciários, gráficos, profissionais da educação básica e dos Correios, bancários, trabalhadores rurais, do setor privado, entre outros, integraram o ato público. “Nossos direitos estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo Dilma. A aprovação do PL da Terceirização vai legitimar e aprofundar a precarização nas relações de trabalho no Brasil”, acrescentou Adroaldo Oliveira, diretor da Adufs.

O Dia Nacional de Mobilização foi convocado pela CSP Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical, que pretendem organizar uma greve geral no país.

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