O projeto BRT (Bus Rapid Trânsit), sistema de transporte urbano de passageiros, para o município de Feira de Santana, tem provocado reações dos movimentos sociais que, indignados, questionam os riscos ambientais da proposta. Uma petição on line, que já conta com mais de 6 mil assinaturas, foi encaminhada ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para que impeça a derrubada das árvores da avenida Getúlio Vargas, conforme prevê a proposta. Ignorando a opinião da população, a prefeitura afirma que “houve muita especulação sobre o assunto”, mas que dará a ordem de serviço para a implantação do BRT no início de dezembro. A intervenção durará 18 meses e custará 95 milhões.
O professor Rosevaldo Ferreira, diretor da Adufs e membro do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Uefs, afirma que o projeto não garante o acesso à cidade e prevê obras de mobilidade urbana que desconsideram as necessidades reais dos moradores, cada dia mais penalizados com as más condições de circulação. “Em Feira de Santana, no mês de julho deste ano, havia mais de 233 mil veículos licenciados. Ao invés de cortar árvores, é preciso tirar os carros das avenidas, garantindo um transporte de qualidade a todos”, disse, ao informar que a prefeitura apresentará o projeto BRT à comunidade acadêmica no próximo mês, em data a ser definida.
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