Os protestos organizados pelas entidades sindicais e movimentos sociais em Salvador contra as injustiças cometidas pelos governos para a realização da Copa do Mundo, nos dias 12 e 13 de junho, foram duramente reprimidos. Os manifestantes não conseguiram sair da concentração na praça do Campo Grande, pois a Polícia Militar, fortemente armada e com o reforço de cães, cercou o grupo e impediu que seguisse pelas ruas da capital baiana. Durante o Ato, os manifestantes queimaram a bandeira da Fifa em protesto simbólico aos gastos públicos com a Copa.
A ação ostensiva da Polícia Militar e da sua tropa de choque, a mando do governo do PT, lembrou momentos vividos durante a ditadura militar. “A presença da classe trabalhadora nas ruas é muito importante para denunciar as prioridades dos governos, petistas ou não, voltadas para atender interesses dos grandes empresários em detrimento das políticas públicas de educação, saúde, moradia, transporte e reforma agrária. Precisamos dizer não à tentativa dos governos de ludibriar a população com falsas promessas sobre o megaevento esportivo e seus feitos que só existem nas propagandas oficiais”, disse Maslowa Freitas, diretora da Adufs presente nas manifestações.
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