Com a presença de estudantes, técnico-administrativos e docentes, a manifestação convocada durante o Dia Nacional de Luta, na última quarta-feira (28), na Assembleia Legislativa, também serviu para mostrar a importância da unificação na luta em defesa do financiamento e da autonomia nas Universidades Estaduais Baianas (Ueba). Participaram cerca de 250 pessoas, vindas de vários campi (Barreiras, Alagoinhas, Salvador, Jacobina, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, Vitória da Conquista/Jequié/Itapetinga). Alternando as intervenções sobre os efeitos do problema orçamentário e a falta de autonomia com apresentações culturais, a mobilização se estendeu por toda a manhã. Após o almoço, servido no local, foi realizada uma passeata até a Secretaria de Educação.
Ainda durante o Ato Público, uma comissão formada pelos três segmentos foi chamada para conversar com o presidente da Assembleia Legislativa e, depois, com o deputado líder do governo. Em ambos os encontros, mais uma vez, foi relatada a crise porque passam as Ueba e a necessidade de aumentar os recursos a elas destinados, atingindo, pelo menos, 7% da Receita Líquida de Impostos. Os dois deputados, após ouvirem o relato e a preocupação da comunidade com o comprometimento da qualidade das atividades acadêmicas pela falta de verbas, comentaram as “dificuldades de caixa do governo” e solicitaram mais informações. No início da tarde, a comissão deu conhecimento ao conjunto dos presentes da conversa com os parlamentares e novas falas foram feitas, refletindo indignação e revolta com a postura deles.
Posteriormente, foi deliberada uma caminhada até a Secretaria de Educação. Portando faixas e bandeiras, e acompanhados por um carro de som, os manifestantes ocuparam as ruas do Centro Administrativo. Ao chegarem ao prédio da SEC, foram convidados para uma reunião pelo coordenador da Coordenação para o Desenvolvimento da Educação Superior (Codes), Nildon Pitombo. Novamente uma comissão composta pelas três categorias foi recebida. Na ocasião, apontaram a precarização das condições de trabalho e estudo nas Ueba. Para o representante do governo, existem ações em andamento para sanear os problemas. Dessa reunião, resultou o agendamento de outra para o dia 17 de junho.
“Não adianta o governo tentar confundir a população com sua nota, que mostra o crescimento do orçamento como um todo e esconde que isso só acontece por causa da folha de pessoal. Para custeio e investimento, as Ueba recebem bem abaixo de suas necessidades de consolidação e expansão”, disse Elson Moura, diretor da Adufs.
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