Professores e técnico-administrativos das Universidades paulistas entram em greve nesta terça

26/05/2014

A partir desta terça-feira (27), os docentes e técnico-administrativos da USP, Unicamp e Unesp entram em greve por tempo indeterminado. Essa foi a resposta à crise orçamentária enfrentada pelas instituições. Depois de o reitor da USP, Marco AntonioZago, ter informado que, atualmente, a instituição usa 105,14% do orçamento apenas com folha de pagamento de pessoal, suspendendo contratações de novos professores e adiando a construção de novas obras, agora, a situação se estendeu à Unicamp e Unesp, que usam 96,52% e 94,47%, respectivamente, para pessoal.
 
Por conta dessa situação, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) decidiu congelar os salários de professores e técnico-administrativos neste ano. A medida é uma afronta aos trabalhadores, que terão grandes perdas salariais por conta da inflação. Em nota, o Fórum das Seis, entidade que representa Associações e Sindicatos das três universidades estaduais de São Paulo, declarou que “nos últimos seis anos, o governo deixou de repassar cerca de R$ 2 bilhões às universidades e os reitores não cobraram o compromisso de aumento de recursos. Zero (0%) de reajuste, agora, significaria financiar a subserviência política das reitorias ao governo do Estado”.

 Comitê contra a Criminalização das Lutas divulga abaixo-assinado de campanha

A Campanha Nacional Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais e da Pobreza tem ganhado força com mobilizações estaduais. Preocupadas com a crescente repressão e criminalização das lutas, entidades de todo o país têm se mobilizado para coletar assinaturas do abaixo-assinado “Campanha contra a criminalização dos movimentos sociais”, divulgado pelo Comitê de São Paulo, a fim de reivindicar mudança de leis antidemocráticas presentes na legislação do país, tratando questões sociais como casos de polícia. No manifesto, endereçado à presidente Dilma Rousseff e aos presidentes do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e STF, é ressaltada a apreensão quanto ao uso e manutenção das legislações que criminalizam os que usam o direito constitucional de manifestação, exigindo sua imediata revogação, sejam anteriores ou posteriores a 1988.

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