Professores das Universidades estaduais paralisam as atividades por mais verbas

30/04/2014

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uefs, Uneb, Uesc e Uesb) paralisaram as atividades acadêmicas na última terça-feira (29), em protesto contra a redução de verbas em quase 12 milhões para custeio e investimento, imposta pelo governo estadual. Com isso, o risco das instituições entrarem em colapso é muito grande, pois faltará dinheiro para comprar material e equipamentos, as obras de reforma e construção serão suspensas, o restaurante universitário poderá ser fechado, ocorrerão atrasos no pagamento de fornecedores, das empresas terceirizadas, das contas de luz, água e telefone. Também estarão suspensos os concursos e seleções públicas para professores e técnico-administrativos.

A paralisação teve o objetivo de chamar a atenção da comunidade para a gravidade da crise que se avizinha e, ao mesmo tempo, buscar seu apoio para a luta em defesa da Educação pública, cada vez mais sucateada pelos governos que não lhe dão a devida prioridade. A mobilização reflete a preocupação dos docentes com o futuro das universidades estaduais e com a qualidade do trabalho que realizam.

As instituições de ensino têm sido fundamentais na formação de profissionais, cidadão e cidadãs, buscando a competência e o compromisso social. Também têm contribuído com a produção do conhecimento científico e cultural, tão necessário ao desenvolvimento sócio-econômico regional. Dessa forma, a categoria docente exige uma política que garanta as condições para seu pleno funcionamento, no momento comprometido pela falta de orçamento.

Como parte das ações da mobilização, a diretoria da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs) convidou representantes de entidades sindicais e dos movimentos sociais, além da imprensa, para um café da manhã, no dia da paralisação (29), a partir das 8 horas, no pórtico da Uefs. Na ocasião, explicou em detalhes os problemas enfrentados pela comunidade por causa da falta de recursos.

Os estudantes da Uefs também estão mobilizados e vêm realizando manifestações contra as precárias condições de estudo e a ameaça de fechamento do bandejão. Os técnico-administrativos, por sua vez, já paralisaram as atividades pela implantação do plano de cargos e salários. No final do ano passado, as três entidades (Adufs, DCE e Sintest) e a reitoria protocolaram um documento junto à Secretaria da Educação (SEC) apontando para os graves efeitos da redução do orçamento. A reivindicação é de que seja destinado às universidades um orçamento equivalente a 7% da Receita Líquida de Impostos. Atualmente, esse percentual não chega a 5%.

Veja algumas fotos no Facebook da Adufs.

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