Na Uefs, o semestre letivo de 2014 começou na última segunda-feira (17), e com ele a angústia dos professores quanto à política do governo Wagner para a Educação Superior. A expectativa da categoria não é nada boa, se considerado que no orçamento deste ano há uma redução de mais de R$ 10 milhões dos recursos destinados para custeio, investimento e ações do Plano Plurianual (PPA), se comparados com 2013. 

 

Tal situação poderá comprometer a realização de concurso e seleção para professor e técnico-administrativo, a garantia dos direitos dos professores, o andamento das obras de reestruturação física do campus, dentre outros problemas. Segundo o pró-reitor do Ensino e Graduação da Uefs, Rubens Alves, hoje, 91 professores substitutos ocupam vagas destinadas a concurso público. Considerando-se a demanda represada de 2012 até então, há um acumulado de 114 vagas para concurso. 

 

Para Carlos Augusto Lima, do Departamento de Educação, “todo início de semestre é um sufoco porque não tem sala de aula e nem professor suficientes. Em 2012, fiquei três meses lecionando em espaços improvisados por falta de estrutura no campus. O nosso acervo bibliográfico também precisa de novos títulos”.

 

Já o professor Álvaro Alves, do Departamento de Física, pontua que, “em 2013, havia muitas disciplinas sem professor, o que sobrecarregou alguns colegas. A situação dos laboratórios também é outro grande problema, pois possuem equipamentos defasados. Como coordenador do Mestrado em Ensino de Física, também enfrento algumas dificuldades, já que por não ter uma estrutura própria, os alunos ficam sem espaço adequado para o desempenho das atividades. Além do ataque ao ensino, o governo tem enrolado os servidores quanto ao anúncio do reajuste linear. Não tenho boas previsões para 2014”.

 

Para a diretoria da Adufs, todo semestre o desafio é fortalecer a luta em defesa das Universidades Estaduais, dos direitos dos docentes e de melhores condições de trabalho e estudo, a qual deve ser travada de maneira unificada pelas três categorias.