CONSU/UEFS aprova Nota Pública Contra a Reforma Administrativa
05/12/2025
Em reunião realizada no dia 03 de novembro de 2025, o Conselho Universitário (CONSU) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) aprovou uma Nota Pública Contra a Reforma Administrativa. A proposta encaminhada pela Associação das e dos Docentes da UEFS (Adufs) foi aprovada pelo conjunto de conselheiras(os) diante da gravidade representada pela Proposta à Emenda Constitucional (PEC 038/2025).
NOTA
PÚBLICA – CONSU/UEFS
Nós, conselheiros e conselheiras
reunidas no 130º CONSU, realizado no dia 03 de novembro de 2025, vimos por meio
desta encaminhar moção de repúdio à PEC 38/2025 que coloca na ordem do dia a
Reforma Administrativa. A sua elaboração, seguindo a mesma trilha da PEC da
Anistia e da Blindagem pretende avançar no privatismo nos serviços públicos e
uma espécie de reforma trabalhista para servidoras e servidores.
Nesse sentido, reiteramos as
preocupações apresentadas pelo ANDES-SN, deliberado de reuniões do Setoriais
das Seções Sindicais das Instituições Federais de Ensino e da Setorial
Estaduais, Municipais e Distritais, defendendo a derrubada da tramitação da PEC
pelos intensos ataques ao ingresso na carreira do serviço público, por meio de
concurso e a ampliação da terceirização nesses setores; no comprometimento à
estabilidade na carreira pela introdução e acirramento do sistema de metas e
Programas de Gestão do Desempenho (PGD), inclusive, facilitando a possibilidade
de demissões por desempenho, utilizando critérios externos e que vão de
encontro aos regimentos de instituições e estatutos de diversas carreiras.
Achatamento da carreira, substituindo reajustes salariais e progressões e
promoções na carreira por uma política de bônus, condicionado a “teto de
gastos” no serviço público.
Da mesma forma em que restringe a
ocupação de cargos em comissão, com avaliação diferenciada a cargos
estratégicos, vinculadas a metas de acordos e quebra dos regimes estatutários,
tão importantes nas conquistas de direitos. Da mesma forma, que proíbe
adicionais como quinquênios e anuênios, insalubridade, licenças-prêmio e/ou submete
esses direitos a estudos orçamentários. No âmbito da universidade pública, a
reforma é um ataque às atividades de ensino, pesquisa e extensão, à
possibilidade de realização das atividades de atendimento ao público cada vez
mais por meio da terceirização, a ampliação de contratações temporárias, além
do ataque frontal à autonomia universitária, através de contingenciamento de
recursos e a submissão desse cada vez mais por meio de controle externo da
comunidade universitária e condicionada à emendas parlamentares.
Vale
lembrar que tanto docentes através de Assembleia, realizada pela ADUFS, como
servidoras(es) técnicas(os), por meio do SINTEST, aprovaram paralisação e/ou
mobilização entre os dias 28 e 30 de outubro, somando forças com todo o
funcionalismo público do país que realizou no dia 29 de outubro, em Brasília, a
Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa.
Diante do exposto, reafirmamos o
nosso compromisso com a qualidade dos serviços públicos e com a defesa de
universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada com os interesses
da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que reafirmamos a defesa dos direitos
de servidoras(es) e a luta contra a destruição das carreiras.
Abaixo
à PEC 38/2025!