Apesar de as Instituições Federais de Ensino (IFE) de todo país continuarem sofrendo com as consequências do ciclo de expansão intensificado nos últimos anos, a partir da implementação do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras – Reuni, o governo federal continua ampliando o número de universidades nos estados.

 

Na última quarta-feira (5), a presidente Dilma Rousseff sancionou as leis que criam as universidades federais do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do Oeste da Bahia (Ufob), do Sul da Bahia (Ufesba) e do Cariri (Ufca), no Ceará. 
 

De acordo com o governo, juntas, as quatro universidades ofertarão 145 cursos e poderão atender 38,3 mil alunos. No entanto, o quadro de docentes e técnico-administrativos previstos para as instituições é bem menor: 1.677 professores e 2.156 servidores administrativos. Ao fazer uma média geral, a partir dos critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), a relação é de 22,8 alunos para cada professor, superior ao determinado nas metas do Reuni, de 1 (um) docente para cada 18 estudantes.

Com a sanção das leis, a presidente desconsidera todo o quadro de precarização instalado nas IFE de todo país, como as más condições de trabalho dos professores, falta de docentes e infraestrutura necessária para as aulas teóricas e práticas, número excessivo de alunos, dentre outros problemas. 

Para o Andes-SN, a universidade pública brasileira deve expandir com qualidade, e não apenas de forma quantitativa, sem condições necessárias para o ensino, a pesquisa e a extensão.  Por isso, na proposta do Sindicato Nacional consta um capítulo sobre “Padrão Unitário de Qualidade”, que só poderá ser atingido pela transformação e expansão da universidade pública com oportunidade de acesso para todos, em que a qualidade do ensino deve ser buscada por meio da implementação das necessárias condições materiais ao funcionamento de uma universidade.

Fonte: Andes-SN, com edição.
 

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