Presidente do Andes-SN participa da abertura de XV Encontro das UEBA

03/07/2025

Na terça-feira, 1º de julho, teve início o XV Encontro das e dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Sediado pela Aduneb, com o tema “Direito se cumpre. Em defesa do Estatuto do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia”, o encontro, que ocorre no Teatro da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), é mais uma etapa importante das mobilizações em defesa da garantia dos direitos para a categoria docente. 


Para dar início aos trabalhos, a mesa de abertura contou com a presença da professora da UNEB e coordenadora do Fórum das ADs, Karina Lima Sales, e do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente do Andes-Sindicato Nacional, Gustavo Seferian.


A professora Karina Sales deu boas-vindas às professoras e aos professores presentes, destacando a importância da continuidade das discussões para ampliação das lutas num momento importante de negociação com o governo, em que a categoria enfrenta resistência para garantir direitos básicos previstos no Estatuto do Magistério Público das Universidades Estaduais da Bahia.


Já o professor Gustavo Seferian, trouxe contribuições  para a análise conjuntural, a partir do que ele definiu como uma crise que assola diversos setores. Crise esta que não é somente econômica, mas de ordem social, política, de representação, civilizatória,  também ambiental e ecológica, a partir de um modelo destrutivo do capitalismo que é predatório e de acumulação de riquezas


De acordo com o professor, nunca antes a classe trabalhadora se viu em condição de tamanha exploração, vivenciando uma crise civilizatória e avanço da miséria dessa dimensão. O que ocorre também em decorrência do avanço de modelos políticos conservadores em todo o mundo, que disseminam a destruição por meio de guerras, genocídios e aumento da capacidade exploratória ambiental, ecológica e humana como um todo.


O professor Gustavo Seferian destacou ainda que esta prática destrutiva não se resume aos partidos do espectro à direita, uma vez que temos como exemplo o governo do estado da Bahia que, apesar de se localizar à esquerda, têm ações de caráter genocida ao longo de quase 20 anos de gestão do PT. Como exemplo, o professor citou a situação de violência crescente em bairros como o Cabula, onde está localizado o campus I da UNEB; além da crescente mortalidade da juventude negra. Ele enfatizou ainda a necessidade de fortalecimento da luta para elaborar novas estratégias de luta e lidar com as contradições e tensionamento que permeiam o cenário político,  como é o processo que se atualiza nas tentativas de criminalização dos movimentos.

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