Paletada dificultosa: uma história do Estatuto do Magistério
A tradição dos oprimidos nos ensina que o “estado de exceção”, no qual estamos vivendo, é a regra.Walter BenjaminClóvis Ramaiana Oliveira[1][2]Na edição do dia 26 de julho de 2000, ...
Na terça-feira, 1º de julho, ocorreu o XV
Encontro das e dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA).
Sediado pela Aduneb, com o tema “Direito se cumpre. Em defesa do Estatuto do
Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia”, o encontro, que
ocorre no Teatro da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), é mais uma etapa
importante das mobilizações em defesa da garantia dos direitos para a categoria
docente.
Para dar início aos trabalhos, a mesa de
abertura contou com a presença da professora da UNEB e coordenadora do Fórum
das ADs, Karina Lima Sales, e do professor da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e presidente do Andes-Sindicato Nacional, Gustavo Seferian.
A professora Karina Sales deu boas-vindas às
professoras e aos professores presentes, destacando a importância da
continuidade das discussões para ampliação das lutas num momento importante de
negociação com o governo, em que a categoria enfrenta resistência para garantir
direitos básicos previstos no Estatuto do Magistério Público das Universidades
Estaduais da Bahia.
Já o professor Gustavo Seferian, trouxe
contribuições para a análise conjuntural, a partir do que ele definiu como
uma crise que assola diversos setores. Crise esta que não é somente econômica,
mas de ordem social, política, de representação, civilizatória, também
ambiental e ecológica, a partir de um modelo destrutivo do capitalismo que é
predatório e de acumulação de riquezas
De acordo com o professor, nunca antes a
classe trabalhadora se viu em condição de tamanha exploração, vivenciando uma
crise civilizatória e avanço da miséria em
uma dimensão como essa. O que acontece também em decorrência do avanço de
modelos políticos conservadores em todo o mundo, que disseminam a destruição
por meio de guerras, genocídios e aumento da capacidade exploratória ambiental,
ecológica e humana como um todo.
O professor Gustavo Seferian destacou ainda que esta prática destrutiva não se resume aos partidos do espectro à direita, uma vez que temos como exemplo o governo do estado da Bahia que, apesar de se localizar à esquerda, têm ações de caráter genocida ao longo de quase 20 anos de gestão do PT. Como exemplo, o professor citou a situação de violência crescente em bairros como o Cabula, onde está localizado o campus I da UNEB; além da crescente mortalidade da juventude negra. Ele enfatizou ainda a necessidade de fortalecimento da luta para elaborar novas estratégias de luta e lidar com as contradições e tensionamento que permeiam o cenário político, como é o processo que se atualiza nas tentativas de criminalização dos movimentos.
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