Adufs manifesta solidariedade com docentes credenciadas(os) do Cuca que reivindicam melhores condições de trabalho
19/05/2025
Nesta segunda-feira, 19 de maio, docentes credenciadas(os), que realizam as oficinas no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), iniciaram uma paralisação das atividades, em decorrência do atraso no pagamento de salários e por outras pautas, como a necessidade de reajuste nos valores recebidos pela hora-aula e adequações em termos do contrato firmado que fragilizam o vínculo empregatício, deixando as(os) docentes em situação de maior vulnerabilidade. Em comunicado à gestão, a categoria informou sobre a paralisação que tem previsão para encerrar no próximo sábado, 24 de maio, caso as discussões avancem.
Em nota, a UEFS afirmou que o pagamento referente ao mês de março deve ocorrer esta semana e que “desde o início da contratação, os prestadores vêm sendo comunicados pela diretoria e coordenações da unidade — por meio de reuniões e e-mails — sobre a possibilidade de eventuais ajustes legais nos contratos impactarem o cronograma de repasses”. Ocorre que, segundo relatos, os atrasos são frequentes e há certa dificuldade em estabelecer um diálogo com a Administração. Como exemplo, foi citada uma tentativa de dialogar sobre as questões, em data anterior ao movimento de paralisação, mas o retorno teria sido de que só haveria a possibilidade de discussão após a realização do Festival de Sanfoneiros, marcado para o dia 23 de maio. Na última sexta-feira, 16 de maio, após conhecimento sobre a mobilização das(os) professoras(es), uma reunião foi convocada pela Administração, em caráter emergencial, no entanto, as(os) docentes afirmaram que a participação foi inviabilizada por falta de uma organização prévia.
As(Os) docentes reconhecem os esforços da gestão para sanar as questões relativas ao atraso no pagamento, mas solicitaram uma reunião para esta terça-feira, 20 de maio, para discutir também as outras pautas, sobretudo, a relativa ao reajuste da hora-aula, definida pelas(os) profissionais como insustentável para cobrir as despesas feitas para realizar o trabalho, o que inclui alimentação e deslocamento. Ainda não houve retorno da UEFS sobre o encontro.
As atividades realizadas no Cuca cumprem um importante papel social ao beneficiar a população de modo geral. Somente no início deste ano, foram abertas mais de 800 vagas para matrículas em oficinas de diversas áreas artísticas, com valores acessíveis e possibilidade de isenção parcial no pagamento. Oferecer condições dignas de atuação para as(os) profissionais que realizam este trabalho é fundamental para a garantia da continuidade dos serviços.
A Adufs se solidariza com a situação de professoras e professores do Cuca, na defesa de melhores condições para a classe trabalhadora que vem sendo cada vez mais punida com a flexibilização das relações trabalhistas.