Reivindicações do Movimento Docente são apresentadas na Aula Magna 2025.1 da UEFS

14/03/2025

Nesta sexta-feira, ocorreu a Aula Magna do semestre 2025.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) com o tema “Mulheres, Ciência e Empreendedorismo Social: Transformando Desafios em Impacto”. A palestrante convidada foi Adriana Barbosa, criadora do Instituto Feira Preta e fundadora da Feira Preta, considerada a maior feira de cultura negra da América Latina. A professora Valdilene Gondim esteve presente para representar a Adufs e destacou as lutas que serão travadas pelo movimento docente após um ano intenso de reivindicações com vitórias significativas em relação à pauta salarial.

 

Entre as principais reivindicações, destacamos a defesa no Estatuto do Magistério Superior para docentes que seguem em atividade e para as(os) que já se aposentaram; a intensificação da luta pela garantia do pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade; O retorno da Licença Sabática, que foi extinta para toda a categoria; Retorno da Licença Prêmio para docentes que ingressaram a partir de 2015; e revogação de reformas que alteraram a previdência e regras da aposentadoria”, afirmou.

 

A professora destacou ainda o início das manifestações no ano de 2025 com a luta em defesa de melhorias no Planserv junto a outras categorias do serviço público: Em fevereiro, o Fórum das ADs esteve reunido com a equipe técnica de coordenação do Planserv para pedir esclarecimentos sobre a situação atual e apresentar as queixas recorrentes que vem sendo feitas pela categoria”.

 

Sobre as discussões em torno do mundo do trabalho, a professora afirmou que o mundo do trabalho continua sendo um lugar marcado pela desigualdade de gênero e essas dinâmicas de exploração estão presentes mesmo em espaços como o da universidade pública onde a terceirização,  por exemplo, amplamente denunciada pela Adufs e pelo Andes-Sindicato Nacional, se confirma como um processo intenso de precarização das relações de trabalho que vulnerabiliza ainda mais a classe trabalhadora e tem mostrado resultados danosos dentro da nossa universidade, sobretudo para mulheres negras, como é o caso das trabalhadoras da limpeza: “É importante refletir até que ponto a universidade tem contribuído com este quadro de precarização das relações, comprometendo a concretização de uma vida realmente digna para a classe trabalhadora, quando deveria ser um espaço de resistência contra práticas de opressão”. 

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