ANDES-SN repudia violência contra estudantes da Uerj durante manifestação
23/08/2024
O ANDES-SN repudia os ataques sofridos por estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em seu exercício político de manifestação contrária ao Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/Reitoria/2024. A medida ataca direitos dos e das estudantes, ao estabelecer “compromissos acadêmicos mínimos para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil de graduação”.
Em nota, divulgada nesta terça-feira (20), o Sindicato Nacional destaca que a luta do movimento estudantil é uma ação legítima de resistência, em defesa da permanência estudantil e da democracia na universidade. Em 14 de agosto, Dia Nacional de Luta em defesa da Educação Pública, o movimento estudantil organizou uma manifestação na Uerj contra as medidas previstas no Aeda. O ato gerou reações violentas por parte das e dos responsáveis pela segurança do prédio da reitoria da universidade.
“Conquistas da comunidade acadêmica, como a garantia mínima de assistência estudantil, voltadas diretamente a estudantes em situação de vulnerabilidade social, arrancadas por históricas lutas travadas pelas entidades representativas de estudantes, docentes e servidoras(es) técnico-administrativas(os) das instituições de ensino superior no país, estão ameaçadas”, alerta o documento.
A diretoria do Sindicato Nacional repudia todos os atos de violência praticados contra o movimento estudantil da Uerj e o uso da força contra trabalhadoras e trabalhadores no seu exercício democrático de resistência e luta por direitos. “O ANDES-SN repudia qualquer ato de violência contra aquelas e aqueles que lutam e se solidariza com as(os) estudantes vítimas dessa repressão”, acrescenta. Leia a nota na íntegra.
Entenda
Publicada e colocada em vigor durante o recesso acadêmico, no final de julho, o Aeda 038/2024 apresenta cortes significativos nas bolsas para estudantes em vulnerabilidade social, como a restrição do auxílio-alimentação aos e às discentes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não possuam Restaurante Universitário. Cria, também, dificuldades burocráticas para a comprovação de renda de um conjunto significativo de quem estuda na universidade.