Adufs participa de posse do DCE e de conselheiras(os) estudantis do CONSU e CONSEPE
17/04/2024
Nos últimos dias, 15 e 16 de abril, a Adufs participou de duas
importantes cerimônias que marcam o início da gestão da chapa Gueto: Ocupar
tudo que é nosso!, eleita para assumir o Diretório Central dos Estudantes
(DCE), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) na gestão 2024-2025.
A eleição para o DCE da UEFS ocorreu entre os dias 09 e 11 de abril o resultado
foi uma eleição com 1375 votos, sendo destes 1090 votos destinados a Chapa
Gueto: Ocupar tudo que é nosso! Entre os dias 09 e 11 de abril também foram
escolhidas(os) as(os) representantes dos Conselhos Superiores Universitários
(Consepe e Consu).
Na segunda-feira (15), foi realizada a posse das Conselheiras(os) eleitas
(os), na sala do DCE. Os diretores Edson do Espírito Santo e Elson Moura participaram
da posse e enfatizaram a importância da representação estudantil nos conselhos,
sobretudo, a partir da escolha dos nomes por meio de eleição. Já na terça-feira
(16), foi a vez do diretor João Diogenes participar da cerimônia de posse da
chapa eleita. Estiveram presentes ainda a reitora em exercício Evanilda Carvalho
e representantes da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPPG) e da Pró-Reitoria
de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE).
Na oportunidade, o professor João Diogenes destacou o papel singular
do DCE na organização das mobilizações estudantis e a construção coletiva entre
as categorias que em diversas oportunidades se unem com pautas comuns. A luta
por melhorias na permanência estudantil, com reivindicação de destinação de 1%
da Receita Líquida de Impostos (RLI), foi lembrada por João Diogenes como pauta
que tem sido colocada historicamente também pelo Movimento Docente.
Em entrevista, representantes da Gueto falara sobre o momento e as
expectativas para a gestão: “Ficamos muito felizes com essa conquista como
resposta a um movimento que não se inicia aqui. Temos essa gestão formada pelas
mãos da base estudantil da UEFS,. Não somente as que construíram a greve de
estudantes de 2023 em reivindicação de melhorias na universidade, mas também
que estão espalhados nas diversas formas de representação dos cursos da UEFS
formando e construindo cotidianamente o ME. Partindo disso, temos em nossa
pauta de programa uma atenção a luta pela assistência e permanência estudantil,
o combate às opressões, a reorganização do Movimento Estudantil, questões
voltadas a autonomia universitária, orçamento, artes, cidadania e culturas,
esportes, lazer e por fim um foco na comunicação. Dentre as pautas levantadas
pela chapa, seguimos abertos pra uma construção coletiva por uma UEFS pública,
digna, de qualidade, e popular!”.
As(Os) integrantes deram detalhes sobre a construção do programa e as
tentativas de grupos externos à universidade de participação no processo: “Nosso
programa contém mais de 100 propostas, dividido em 8 eixos, como os já
supracitados, e é construído a partir dos acúmulos das discussões e debates dos
mais diversos setores da UEFS. Observamos no processo de eleição várias
tentativas de forças externas ao M.E., sobretudo ligadas ao governo, de
domesticar o movimento estudantil e boicota-lo, inclusive isso se deu com
boicote aos nossos conselheiros, tirados em um CEB realizado durante a greve,
mas que conseguimos eleger todos estes em maior medida em eleições gerais,
demonstrando a força do M.E. organizado”
A expectativa é de manutenção de um diretório independente, autônomo e
combativo na luta em defesa das pautas estudantis e da universidade pública: “Nossa
gestão se coloca para além de seguir no avanço da reorganização do movimento
estudantil, avançar nas mobilizações, em defesa da UEFS e das UEBAs, que são um
patrimônio do povo baiano. E isso perpassa por fazer os enfrentamentos que
precisam ser feitos, seja a reitoria, ou ao governo do estado e suas políticas
contra a classe trabalhadora. Já provamos várias vezes que o movimento
estudantil é a linha de frente em defesa da UEFS e assim seguiremos, lutando
pela construção de uma UEFS Popular, que seja feita pela e para os
trabalhadores, em toda a sua diversidade, de gênero, de raça, contra todas as
formas de opressão e exploração, de forma autônoma, independente e pela base”,
concluíram.