Mulheres ganham 21% a menos que homens em atividades intelectuais e científicas
08/03/2024
De acordo com o estudo "Estatísticas
de Gênero", referente a 2022, as mulheres ganham em média 21% a menos que
os homens em atividades laborais gerais. Essa disparidade aumenta em profissões
intelectuais e científicas, onde as mulheres recebem em média 36,7% a menos.
Mesmo sendo mais escolarizadas, as mulheres ganham menos e ocupam menos espaços
de poder e decisão.
Segundo dados do Departamento Intersindical
de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2023, quatro de
cada 10 pessoas (39,6%) ocupadas como diretoras ou gerentes eram do sexo
feminino, mas quando se observa o rendimento de homens e mulheres nessa função,
nota-se que elas recebiam 29,5% a menos do que eles. Esse percentual aumenta se
comparados os valores recebidos por mulheres negras, que é menor, de
não-negras.
Como afirma o estudo do Dieese sobre Mulheres no Mercado de Trabalho
(leia aqui) é destaca alguns fatores que contribuem para o quadro: “Esses
números refletem os preconceitos e desigualdades existentes no mercado de
trabalho brasileiro: a dificuldade de se aceitar que mulheres possam comandar;
a discriminação e o assédio sofridos pelas trabalhadoras, o que prejudica a
permanência delas nos postos de trabalho”
A luta pela paridade de gênero nos espaços
políticos é outro desafio posto para as mulheres, isso não se resume à política
partidária. Levando em consideração este dado, o 38º
Congresso do Andes, em 2019, já aprovou a obrigação de existência de paridade de
gênero nas chapas que assumem a diretoria do Sindicato Nacional. Ações como
estas, encaminhadas por ampla maioria na maior instância deliberativa do
Sindicato Nacional, reforçam o compromisso da entidade com a redução das
desigualdades.