Assembleia Geral da próxima terça (16) vai discutir a Pauta de Reivindicações 2024
17/11/2023
A Adufs convocou Assembleia Geral
para a próxima terça-feira (21), às 16h45, no Auditório 3 do Módulo
4. Na pauta, além de informes do jurídico e a eleição das (dos)
delegadas (os) para o 42º Congresso do Andes-SN, que ocorrerá em Fortaleza
entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março de 2024, haverá também a discussão
sobre a Pauta de Reivindicações 2024.
A partir do indicativo produzido
pelo Fórum das ADs, o documento deve ser discutido e apreciado pela plenária. Na sequência, em nova reunião com os encaminhamentos das Assembleias das
quatro Associações Docentes das Universidades Estaduais, o Fórum das ADs finalizará
a Pauta de Reivindicações 2024 com demandas prioritárias de toda a categoria.
No texto pré-elaborado pelo
Fórum, quatro eixos continuam sendo centrais: Reposição Salarial, Direitos,
Financiamento e Autonomia Financeira, Administrativa e Acadêmica. Dentre estes,
a Reposição Salarial aparece como prioritário diante das perdas acumuladas pela
categoria nos últimos 9 anos. Na Pauta, o eixo está descrito da seguinte forma:
Perdas Salariais
Segundo estudo desenvolvido pelo
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos relativo
às perdas salariais no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2023 para
docentes do Magistério Superior, considerando os reajustes concedidos nestes
nove anos, as perdas para docentes de todos os níveis é superior a 43%,
ultrapassando 44% para professoras e professores que estão no nível
Pleno:
“Com a inflação acumulada no
período e os reajustes concedidos, para o Nível A, a perda salarial medida
pelo IPCA-IBGE, passou a ser de 42,46% para Professor Auxiliar, Professor
Assistente, Professor Adjunto e Professor Titular. Apenas para Professor Pleno
20 horas a perda é de 44,22%. Para todos os professores do Nível B a perda é de
43,02%. Em relação ao INPC-IBGE, as perdas apuradas são de 42,58% para os
professores do Nível A, com exceção do Professor Pleno 20 horas, que tem perdas
de 44,34%. Para todos os outros professores do Nível B as perdas no período são
de 43,14%”
O estudo explica ainda que os reajustes
concedidos nos anos de 2015, 2022 e 2023 não foram suficientes para suprir a
perda inflacionária. No entanto, o estudo conclui que mesmo que tivesse havido
a reposição inflacionária total, ainda assim não significaria que os salários
estariam em patamar adequado: “A ausência de ganhos reais não permite a
elevação do poder de compra, apenas sua manutenção. Com a ausência de reajustes
nos anos de 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, a situação torna-se ainda mais
difícil para os servidores”.
Diante do quadro de acúmulo de
perdas que compromete o poder de compra dos salários, aumentar as frentes de
resistência para forçar as negociações com o governo e garantir os direitos da
categoria é imprescindível. Por isso, a presença de cada docente é fundamental
para discutir a Pauta de Reivindicações 2024 e construir estratégias que serão
desenvolvidas durante o ano de 2024, através da intensificação das lutas.
Proposta de Pauta de
Reivindicações 2024
Leia o documento elaborado pelo
Fórum das ADs que será apreciado na Assembleia da próxima terça (21):
Reposição Salarial:
1. Reposição completa das perdas
salariais acumuladas nos últimos 9 anos (2015-2023) com o compromisso de
retomar a política de correção salarial a cada ano;
Direitos:
2. Cumprimento integral dos
direitos trabalhistas dos e das docentes, efetivos e temporários, ativos/as e
aposentados/as, previstos no Estatuto do Magistério Superior Público das
Universidades do Estado da Bahia - Lei 8352/2002 e nas demais legislações trabalhistas;
3. Ampliação e desvinculação de
vaga/classe do quadro de vagas de provimento permanente do Magistério Público
das Universidades Estaduais da Bahia;
4. Adequar as atuais disposições
sobre concessão de transporte para docentes das universidades estaduais da
Bahia às necessidades e realidades de cada Universidade, incluindo os
deslocamentos para garantir o exercício da docência;
Financiamento:
5. Financiamento público para as
Universidades de, no mínimo, 7% da RLI, com revisão do percentual a cada dois
anos, sendo o novo orçamento sempre superior ao executado no ano anterior,
garantindo o cumprimento integral do orçamento aprovado;
Autonomia financeira,
administrativa e acadêmica:
6. Cumprimento do artigo 207 da
Constituição Federal, com garantia da gestão democrática das universidades,
inclusive supressão da lista tríplice para escolha de Reitor/a, com nomeação do
mais votado ou mais votada.