Movimento ganha força e 16 de maio se torna Dia de Luta Unificado de Servidores e Servidoras Públicas

10/05/2023

O anúncio feito pelo Governo do Estado de 4% de reajuste linear não foi bem recebido por servidoras e servidores públicos. As perdas que as categorias vêm acumulando nos últimos anos não são compensadas com este reajuste e a precarização nas condições de trabalho só aumenta. Para intensificar a luta e pressionar o governo a negociar, nesta terça-feira (09), cerca de 15 entidades do funcionalismo se reuniram na sede da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB), em Salvador.  Representando a Adufs, estava presente o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Elson Moura.

Na pauta central, a urgência de uma discussão com representantes do Governo do Estado para que se chegue a um índice de reajuste linear que atenda minimamente às necessidades de servidoras e servidores públicos. Para tanto, as entidades reunidas, que agora estão organizadas como Movimento Unificado do Serviço Público da Bahia, reivindicam que o governo dialogue para ampliação do reajuste. A proposta é que o ponto de partida seja de 9% e que, diferente dos governos anteriores, o governador Jerônimo Rodrigues assuma o compromisso de fazer a reposição inflacionária anual para reduzir as perdas.

O Movimento Unificado reivindica ainda a construção conjunta de um calendário para reposição destas perdas que se ampliaram, sobretudo, com a condução autoritária do ex-governador Rui Costa que suspendeu os pagamentos anuais. A partir deste calendário, o novo governador tornaria possível compensar os valores que não foram pagos. Em resumo, a solicitação é de reajuste imediato de, no mínimo 9%, e calendário de pagamento para a compensação dos últimos oito anos de prejuízos.

16 de Maio - Dia de Luta Unificado

Outro importante encaminhamento da reunião foi a unificação do dia 16 de maio como Dia de Luta Unificado dos (as) Servidores (as) Públicos (as). A paralisação das atividades, que já tinha sido aprovada por docentes das quatro universidades estaduais da Bahia, agora se torna muito maior com a unificação da luta com diversas outras entidades do serviço público. O grande ato que marcará esta data ocorrerá na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), às 09 horas, onde também ocorrerá uma audiência pública sobre educação com o tema Papel das Universidades Estaduais no Contexto do Desenvolvimento Regional: desafios e perspectivas.

Para o professor Elson Moura, fica evidente a ampliação da força do movimento, o que deve contribuir significativamente no aumento da pressão para a negociação com o governo do Estado: “O movimento é crescente porque existe uma insatisfação geral entre estas categorias do funcionalismo público com a forma como o governo do Estado vem tratando servidores e servidoras. É importante dizer que todos os encaminhamentos foram unificados e a construção deste movimento coletivo confirma a disposição das categorias para a intensificação das lutas”, afirmou.

No dia 17 de maio, quarta-feira, as entidades voltam a se reunir na AFPEB, às 09 horas, para uma avaliação do ato que ocorrerá na ALBA e podem também apreciar a aprovação de um estado de greve, a depender da recepção do governo às categorias. 

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