Assembleia da Adufs aprova paralisação no dia 16 de maio
04/05/2023
Nesta
quarta-feira (3), a Assembleia da Adufs aprovou a realização de uma paralisação
no dia 16 de maio, dia em que está prevista uma Audiência Pública, em Salvador, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com o tema “O papel das Universidades Estaduais da
Bahia no contexto do desenvolvimento regional: desafios e perspectivas”. A
Audiência foi uma solicitação do Fórum das ADs feita diretamente à presidenta
da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Serviços Públicos,
deputada Olívia Santana (PCdoB).
A
paralisação foi o principal ponto de pauta da assembleia que teve ainda
Informes do Jurídico. Na plenária, com 106 presentes, ficou evidente a posição
da categoria de continuar as mobilizações para aumentar a pressão sobre o
governo diante do reajuste apresentado nos últimos dias.
Como foi informado pelo Fórum das ADs, na última
sexta-feira (28), a Secretaria de Educação (SEC), Secretaria de Administração
(Saeb) e a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) convocaram uma reunião
com o movimento docente. Na oportunidade, os secretários informaram que o
executivo enviaria um Projeto de Lei (PL) que aumentará em 4% o salário de todo
funcionalismo público baiano, com valor retroativo ao mês de março. Segundo
representantes do governo, a proposta destinará, ainda, um acréscimo de 2,53%
para as carreiras do Ensino Superior Público, somando um reajuste de 6,63% para
docentes, analistas e técnicos da UNEB, UESB, UEFS e UESC.
Foi informado também que será enviado outro PL
que atenderá 530 promoções, de modo que, todas (os) as (os) docentes das
estaduais que estão nas filas serão promovidas (os) e sobrará
ainda resquício de vagas para as próximas solicitações. Os PLs já foram
publicados no Diário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Além desses
dois principais projetos, no que diz respeito à questão da
pecúnia da licença prêmio, o executivo enviou à Assembleia Legislativa um PL
para a venda da licença prêmio para docentes que têm o direito de tirá-la desde
2015.
Com mais de 53% de perdas acumuladas ao longo dos
últimos anos, o porcentual apresentado de reajuste é insuficiente para
minimizar os prejuízos.
Não houve qualquer proposição de negociação por
parte do Estado, mesmo tendo total ciência da pauta de reivindicações de 2023
que já foi apresentada e protocolada diversas vezes. Seguindo a orientação do Fórum das ADs, que mostra cada vez
mais habilidade na construção das estratégias para manter a pressão, a
categoria teve acordo em intensificar a luta, dando continuidade às discussões
da pauta para forçar a abertura do diálogo. Não há
dúvidas de que o reajuste apresentado é resultado das mobilizações constantes
do Movimento Docente e que não chega, por acaso, no início de uma gestão que
não quer enfrentar uma greve da categoria.
Neste sentido, o entendimento da plenária foi
comum sobre a necessidade de aumentar a pressão para que o diálogo aconteça e
as negociações sejam retomadas para que não apenas o reajuste salarial seja
concedido de forma a sanar os prejuízos, bem como as outras demandas sejam
atendidas.
Encaminhamentos da Assembleia
A paralisação foi aprovada, por maioria, para
ocorrer no dia 16 de maio, mesmo dia em que ocorrerá a Audiência Pública na
ALBA. Caso a Audiência não ocorra nesta data, a paralisação da Adufs será
mantida com realização de um ato em local que será discutido posteriormente e uma
nova paralisação acontecerá na data em que a audiência for remarcada.