Reunião do GTSSA reforça defesa pela não-adesão à previdência complementar
03/04/2023
Na
última semana, representantes do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e
Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) se reuniram na Adufs para elaborar o plano de
ação 2023. Estiveram presentes as professoras Gracinete Bastos e Sarah Rios, e
os professores Adroaldo Oliveira e Gean Santana.
Dentre
as proposições para este ano, o Grupo propõe uma campanha de alerta sobre os
riscos da adesão à previdência complementar diante das possíveis perdas. O
sindicato já vem chamando atenção há bastante tempo sob os riscos da adesão.
Diante do capacitação oferecida pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento
de Pessoas (PGDP) sobre Previdência Complementar que ocorrerá entre os dias 03
e 24 de abril, o GTSSA compreende a necessidade de intensificação das ações
para informar à categoria sobre as implicações atreladas a esta previdência.
A
partir da nova regulamentação implementada pelo governo do Estado, com a Lei
13.222/2015, a (o) servidora (or) não tem mais o direito à aposentadoria
integral e receberá o teto estabelecido pelo Regime Geral da Previdência, a não
ser que deseje contratar o que o Estado define como regime de previdência
complementar, mas que se trata, na verdade, de um fundo de investimento que
oferece riscos ao capital da (do) servidora (or). O PrevNordeste foi instituído
em 2017, em substituição ao PrevBahia.
A
Bahia foi o estado em que as discussões em torno da previdência complementar
ocorreram de forma mais apressada. Uma das principais questões em torno desta
previdência é a possibilidade do fundo investir no mercado financeiro e a/o
contribuinte não receber a devolução do excedente. Ou seja, os/as servidores/as
que continuam contribuindo após alcançar o teto estabelecido pelo INSS podem
não ter a reposição dos valores como benefício especial em decorrência da
inconstância do mercado.
“A
Adufs, junto ao GTSSA recomenda que os/as docentes não contratem o PrevNordeste
pela instabilidade que ele representa. Com um baixo número de adesões, o
governo será obrigado a reelaborar o regime, o que abre a possibilidade de
enfrentamento das (dos) servidoras (es) por meio de lutas contra a previdência
complementar”, afirma a professora Sarah Rios.
A
campanha do GTSSA contra a adesão à previdência prevê ainda publicações de
material informativo, vídeos e publicações conjuntas com o Fórum da ADs para
fortalecer o entendimento do Andes-Sn que defende a organização de lutas para
que a previdência dos servidores públicos seja revista.