Candidatas (os) à Reitoria da UEFS assinam termo de compromisso na Adufs

14/03/2023

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Nesta terça-feira (14), candidatas (os) à Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) assinaram um termo de compromisso proposto pela Associação dos Docentes da UEFS, em que se comprometem a somente tomar posse se forem as (os) mais votadas (os) no processo eleitoral. Este documento é apresentado às candidaturas em todas as Eleições da Reitoria para assegurar a autonomia universitária diante da possibilidade de intervenção nos resultados por meio da lista tríplice. O ato ocorreu na sede da Adufs.

Estiveram presentes para a assinatura do termo, as representantes da Chapa 01 – Mais UEFS, a candidata a reitora, professora Amali Mussi, e a vice-reitora, professora Evanilda Carvalho. A Chapa 02  - UEFS de Todos foi representada pelo professor Dagoberto Freitas, candidato a reitor.  Representando a diretoria da Adufs, as professoras Acácia Batista, Reinalda Souza e Sarah Rios, e o professor João Diogenes. Outras (os) docentes estiveram presentes durante a reunião As (Os) candidatas (os) das duas chapas enfatizaram o total comprometimento com o resultado das votações que ocorrerão nos dias 03, 04 e 05 de abril.

Como consta no documento, após a proclamação dos resultados, cumpridos os trâmites previstos, os nomes do Reitor (a) e Vice-Reitor (a) eleitos (as) são homologados e encaminhados, pelo Conselho Universitário (CONSU), ao governador do Estado, para a nomeação, que acontece por meio da escolha dos nomes numa lista tríplice, composta pelos nomes daqueles (as) que foram mais votados (as) para o cargo. O fim da lista tríplice é uma reivindicação histórica do movimento docente, pela compreensão de que ela fere a autonomia universitária ao colocar à disposição do Estado a possibilidade de nomear um nome que não seja aquele democraticamente eleito pela grande maioria da comunidade acadêmica.

As investidas autoritárias que acompanhamos nos últimos anos somente enfatizaram a necessidade de fortalecer o compromisso com as candidaturas para evitar quaisquer retrocessos após o resultado das eleições.  Sob o governo Bolsonaro, mais de 20 instituições federais de ensino tiveram seus processos internos de consulta desrespeitados com a posse de reitoras (es) que não foram as (os) mais votadas (os). O fim da lista tríplice é uma reivindicação histórica do movimento docente e permanecerá na pauta de reivindicação das Associações Docentes até que a autonomia das universidades seja assegurada, respeitando os processos democráticos estabelecidos pela instituição.

 

Confira o Termo de Compromisso assinado pelas (os) candidatas (os).

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