A tabela que determina
a faixa de isenção e alíquotas do Imposto de Renda (IR) acumula defasagem desde
1996. São 27 anos sem reajuste. Neste período (de 1996 a junho de 2022) a
defasagem atingiu 147,40%, conforme apurou o Unafisco (Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil). Ou seja, a cada ano o imposto
sobre salários e aposentadorias fica mais alto e os rendimentos na prática mais
baixos, apesar do reajuste salarial anual.
É o aumento da
tributação dos mais pobres e um número maior de brasileiros a pagar
imposto. Caso a tabela fosse corrigida integralmente, contribuintes com
salários de até R$ 4.675,38 não precisariam ter seus rendimentos tributados. O
Unafisco prevê que em 2023 a União vai arrecadar mais de R$ 320 bilhões com o
IR, desse valor R$ 190 bilhões seriam indevidos caso houvesse a correção.
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