Copa do Mundo é marcada por violações de direitos humanos

01/12/2022

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Desde 2010, quando o Catar ganhou o direito a sediar a Copa do Mundo de 2022, as críticas internacionais já começaram a circular, inclusive com acusações de corrupção milionária e subornos a funcionários da FIFA. Como esperado, o Catar utilizou amplamente a mão de obra imigrante nos últimos anos para a construção de estádios de futebol dessa edição da Copa, lançando mão de práticas que foram consideradas por organizações de direitos humanos análogas à escravidão moderna.

 

Conforme a Anistia Internacional, milhares de mortes foram relatadas entre trabalhadores migrantes, originários de países muito pobres, que se arriscam em trabalhos perigosos, sob duras condições, por baixos salários e quase nenhum direito trabalhista. Mas, o registro sobre o número de mortos nas obras para a Copa é controverso. O periódico britânico The Guardian denunciou a morte de 6.500 trabalhadores migrantes sul-asiáticos, desde 2010. Outros jornais não conseguiram confirmar o número, não há investigação de autoridades locais e o governo do Catar nega as acusações. Além dessas graves violações de Direitos Humanos, em especial, aos trabalhadores imigrantes, há inúmeros outros desrespeitos contra as mulheres e a população LGBTQI+, que têm seus direitos cerceados com proibições de relações entre pessoas do mesmo sexo e encarceramento como punição para tal ato.

 

Essa é, portanto, mais uma Copa que viola direitos e tira vidas humanas em busca de sonhos e melhores condições para viver. Que coloca os interesses do Capital à frente dos direitos da população mais pobre e trabalhadora. Nós, da CSP-Conlutas, acreditamos que somente em uma nova sociedade, justa e igualitária, o esporte encontrará o seu sentido verdadeiro e social. 

 

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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