No apagar das luzes, Bolsonaro entrega mais uma fatia da Petrobras

18/11/2022

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Faltando pouco mais de um mês para (felizmente) deixar a presidência do país, Bolsonaro e Paulo Guedes correm contra o tempo para dilapidar o que puderem do patrimônio público. No dia 4 deste mês, concluíram a entrega da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul, no Paraná. A SIX produz óleo combustível, gás combustível, produtos usados para asfalto, cimento e outros. Também funciona como um centro avançado de pesquisa, tendo desenvolvido a Petrosix, tecnologia para extração de óleo combustível das rochas de folhelho betuminoso, que também foi incluída na transação.

 

Sindicatos dos trabalhadores petroleiros denunciam que o valor de venda foi de 41,6 milhões de dólares (aproximadamente 210 milhões de reais). A soma é pouco superior ao lucro registrado pela estatal em apenas um ano! Em 2020, a SIX registrou ganhos de cerca de 200 milhões de reais. Para se ter uma outra ideia do crime lesa-pátria e do entreguismo bolsonarista, vale destacar que em um acordo firmado pela Petrobras com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP) foi acertado pagamento de royalties de R$ 540 milhões. A grande beneficiada pela venda foi a empresa canadense Forbes Resources Brazil Holding S.A, ligada ao grupo Forbes & Manhattan (F&M).

 

É mais uma empresa entregue ao capital internacional, enfraquecendo a capacidade de refino de combustíveis no país, em ataque à soberania e ao desenvolvimento tecnológico do país e na contramão de políticas que poderiam baratear os combustíveis. “A classe trabalhadora derrotou Bolsonaro nas urnas. Uma vitória fundamental. Mas, a luta para barrar o avanço da privatização da Petrobras, reverter as entregas criminosas já realizadas, bem como pôr fim à política de Preço de Paridade Internacional (PPI) segue sendo necessária para garantir uma Petrobras 100% estatal, sob controle dos trabalhadores, a serviço do povo brasileiro e em defesa da categoria petroleira”, avalia o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Eduardo Henrique da Costa.

 

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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