Paletada dificultosa: uma história do Estatuto do Magistério
A tradição dos oprimidos nos ensina que o “estado de exceção”, no qual estamos vivendo, é a regra.Walter BenjaminClóvis Ramaiana Oliveira[1][2]Na edição do dia 26 de julho de 2000, ...
O Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Fórum das ADs) solidariza-se com a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), vítima de atos de violência praticados por grupos de extrema-direita apoiadores do governo federal. Por conta de uma faixa colocada pela diretoria da Adufs com a insígnia Fora Bolsonaro, no pórtico da instituição, algumas pessoas, incluindo um vereador do município, gravaram vídeos com ameaças ao sindicato. Soma-se às agressões, a presença de homens armados no campus para retirar a faixa e, na noite de quarta-feira (19), de encapuzados; além de invasão à Reitoria da Uefs, com coação da secretária.
O ocorrido na Uefs não é um fato isolado. Em diversas partes do país, vê-se a escalada da violência, incentivada por conservadores contrários à democracia, pluralidade de ideias e livre manifestação do pensamento, inerentes não somente ao ambiente acadêmico, mas ao regime republicano. Da mesma forma, a prática segue para massacrar pobres e as diversas minorias do país. Grupos estes que usam a repressão para intimidar opositores e que se avolumaram com a ascensão, à presidência da República, de Jair Bolsonaro, público defensor da ditadura militar.
Os ataques à faixa colocada pela Adufs evidenciam os efeitos do discurso ultraliberal e fascista do atual mandatário da nação sob as universidades, atacadas deliberadamente também pelos sucessivos ministros da Educação do governo Bolsonaro. As instituições públicas de ensino superior do Brasil foram definidas pelo governo por espaços onde havia prática de “balbúrdia” e “arruaça”. Concomitantemente, a imposição de políticas de ajuste fiscal e contínuos cortes orçamentários ameaçam gravemente o pleno funcionamento delas. Um dos mais recentes ataques foi o decreto de reprogramação orçamentária, publicado no dia 30 de setembro, que sacramentou o bloqueio de R$ 3 bilhões ao orçamento do Ministério da Educação. Ciência, Tecnologia e Inovações teve R$ 1,7 bilhão de corte. As universidades enfrentam, ainda, a censura e a nomeação de reitores interventores.
Ainda que os ataques fascistas tentem impedir a universidade pública de contribuir com a produção do conhecimento crítico, debates e com a redução dos problemas sociais que assolam o país, a comunidade acadêmica resiste firmemente. No entanto, é importante que toda a população some-se à luta para barrar a ofensiva à democracia, bem como às liberdades de manifestação e sindical, garantidas na Constituição Federal de 1988.
Protestar é um direito de todos. Tentativas de intimidação não impedirão as (os) docentes de seguir denunciando os desmandos do governo autoritário de Bolsonaro. Outrossim, o Fórum das ADs apoiará a decisão da diretoria da Adufs em torno da adoção das medidas necessárias à responsabilização dos grupos de agressores. Em defesa da democracia e da liberdade de expressão, pela vida, as diretorias das associações docentes reforçam a urgência em derrotar Bolsonaro nas ruas e, no dia 30 de outubro deste ano, nas ruas, elegendo Luís Inácio Lula da Silva presidente da República.
Fascistas não passarão!
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