Trabalhadoras (es) da limpeza e jardinagem recebem cesta de alimentos na sede da Adufs
15/09/2022
Na quarta-feira (14), a
Adufs iniciou a distribuição de mantimentos entre trabalhadoras e trabalhadores
da limpeza e jardinagem da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) que
estavam em greve desde a segunda-feira (12) por falta de salário. Alguns itens
da cesta básica estão disponíveis para a retirada na sede do sindicato para as
(os) mais de 220 profissionais, até esta sexta-feira (16). A greve foi
encerrada com os pagamentos dos salários que ocorreu na totalidade nesta quinta-feira
(15).
A ação pontual do
sindicato é uma iniciativa de solidariedade ativa diante dos relatos que se
acumularam sobre as dificuldades enfrentadas pelas (os) trabalhadoras (es)
terceirizadas (os) que chegaram a inviabilizar a participação nas mobilizações.
Cientes de que o atraso no pagamento dos salários somente aprofundou um quadro
de insegurança enfrentado numa conjuntura social de aumento da miséria,
desemprego e fome, a Adufs entende que, como ação emergencial, a doação de
alimentos colabora para o enfrentamento a curto prazo da situação e,
principalmente, se configura também como apoio para que seja possível dar
continuidade às lutas cotidianas.
Combater a precariedade
das relações trabalhistas, que é intensificado pela terceirização da
mão-de-obra, tem sido um dos enfrentamentos da entidade. A flexibilização das
regras, insegurança jurídica, falta de assistência e unilateralidade da
autonomia que verticaliza ainda mais a relação contratante-contratada (o), faz
com que a classe trabalhadora fique mais desassistida e vulnerável diante das
investidas do capital.
Enquanto força coletiva,
entendemos que o nosso dever é de fortalecer a luta em defesa das trabalhadoras
e trabalhadores, reconhecendo o importante papel que cada uma (um) tem para a
comunidade acadêmica, considerando suas especificidades e atribuições. Cada
pessoa que compõe o quadro trabalhista desta universidade é indispensável para
o funcionamento dela, assim como o corpo discente.
Diante de um cenário
social de extrema miséria em que as violências se acumulam, tanto físicas
quanto psicológicas, o cuidar precisa ser de garantia de sobrevivência e
intensificação das lutas. Este é também um papel central de todas as entidades
que estão em defesa da universidade pública e seu pleno funcionamento.