Nesta quinta (15) de paralisação, docentes das universidades estaduais baianas farão ato público em Salvador

14/09/2022

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Durante a suspensão das atividades acadêmicas por 24 horas, nesta quinta-feira (15), docentes das universidades estaduais da Bahia estarão mobilizados durante todo o dia, em Salvador. A categoria se concentrará em frente ao antigo Bahia Café Hall, na Avenida Paralela, a partir das 9h30. Depois, caminham até a Assembleia Legislativa (AL-BA) e, após ato público no local, seguem para a Secretaria Estadual da Educação (SEC). À tarde, os presentes assistem à uma aula pública sobre “A situação orçamentária das universidades estaduais e a carreira docente”.

 

A categoria reivindica a retomada da Mesa Permanente de Negociação. A última reunião entre o Fórum das ADs e representantes de secretarias estaduais ocorreu no dia 7 de novembro de 2019. Naquele ano, o governo Rui Costa interrompeu abruptamente as discussões sobre a pauta da categoria. Até então foram reiterados pedidos formais do movimento docente para a reabertura do diálogo, sem sucesso. As professoras (es) também solicitaram que deputados estaduais intermediassem a articulação com os gestores públicos, mas não houve resposta. Em março deste ano, as diretorias das associações docentes estiveram com o líder do governo na Casa Legislativa e candidato à reeleição, deputado Rosemberg Pinto (PT), que se comprometeu a fazer a interlocução entre ambas as partes. A categoria também não recebeu retorno do parlamentar.

 

No final deste mês, completam 1.000 dias que o governo suspendeu a Mesa. Além de desrespeitar a categoria por não responder às constantes reivindicações pelo restabelecimento da negociação, os gestores afrontam a luta dos docentes, já que a Mesa foi um acordo firmado na greve de 2019.

 

Luta dos docentes

Após sete anos de espera e arrocho salarial, os docentes receberam um reajuste de apenas 4%, abaixo da inflação de 2022, que até maio somou 4,57%. Para repor as perdas inflacionárias, é necessário um reajuste de 47,5%. Uma situação que gera insatisfação para a categoria, que sofre com defasagem salarial, ao passo que o custo de vida e de itens básicos essenciais à sobrevivência aumentam constantemente. Dos 13 governadores que até agora concederam reajuste para uma categoria ou servidores estaduais, Rui Costa foi o que aplicou um dos menores aumentos do Brasil.

 

As (os) professoras (es) das universidades estaduais também reivindicam, na pauta protocolada em dezembro de 2021, o cumprimento dos direitos trabalhistas, revogação da contrarreforma da Previdência da Bahia, ampliação e desvinculação de vagas por classe, garantia da autonomia das universidades, destinação de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para essas instituições e que o governo não altere o Estatuto do Magistério Superior.

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