Repasse da receita de impostos às universidades estaduais é o menor em quase 20 anos
06/09/2022
O governo da Bahia acumula estatísticas
ofensivas quando o assunto é o financiamento do setor público. Segundo dados do
próprio governo, o repasse dos recursos da Receita Líquida de Impostos (RLI)
para as universidades estaduais se configura como o menor em quase duas
décadas, se considerado o período entre 2002 e 2021. A situação se agravou
ainda mais na gestão de Rui Costa.
Logo no primeiro mandato, o governador
interrompeu um cenário de crescimento do índice da RLI, que em 2002 era 3,45% e
chegou em 2015 a 5,13%. De 2016 até então, o percentual da Receita Líquida de
Impostos destinado ao orçamento dessas instituições vem caindo drasticamente.
Os valores decresceram para 4,85%, 4,87%, 4,48% 4,31% 4,04% e 3,28%, nos anos
de 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente. A medida, fruto da
política de desmonte da educação pública superior, é um grave ataque ao movimento
docente, que após árdua luta arrancou, em 2015, a destinação de um índice
superior a 5% desta receita para as universidades.
Intensificando ainda mais o estrangulamento
orçamentário das universidades, o governo estadual não destina a estas instituições
a totalidade do valor aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ensino
público superior estadual. Em se tratando da Uefs, por exemplo, este ano, houve
mês em que o contingenciamento chegou a até 60% do recurso.
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