Ato pró-democracia rechaça ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral brasileiro e avanço da carestia

16/08/2022

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Falas duras contra os questionamentos e as ameaças antidemocráticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro marcaram o ato público realizado em frente à Prefeitura de Feira de Santana, na quinta (11). Os manifestantes também destacaram que associada ao desemprego, à violência e aos cortes na saúde e educação, a carestia provocada pelo presidente avança e impõe aos brasileiros, principalmente aos mais pobres, um quadro generalizado de penúria.

 

Os ataques que tentam deslegitimar as eleições de 2022, por meio do uso das forças armadas, das fake news e da desinformação, e ameaçam as instituições e o estado democrático de direito, duramente conquistado pelas lutas populares, são o anúncio de um golpe. Os 21 anos de ditadura no Brasil – marcados por tortura, violência extrema, mortes, censura, ausência de direitos humanos, precarização do trabalho, corrupção, fragilidade da saúde e educação pública, entre outras mazelas trazidas pelos militares a partir do golpe de 1964 – devem ficar no passado. Permitir que Bolsonaro tumultue o processo eleitoral por medo de derrota nas urnas e da possibilidade de ser preso por conta das denúncias que envolvem o seu mandato é um grande prejuízo à história. Retrocessos autoritários não podem ser tolerados, conforme reforçado nas falas dos que se manifestaram.

 

Diante da urgência em dar respostas a mais essa investida autoritária, foi uníssono nas falas do protesto de quinta-feira (11) que o combate ao governo Bolsonaro deve vir das urnas e das ruas, através da luta classista e unificada. Para reforçar o compromisso coletivo, alguns dos presentes à manifestação leram a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”, além do “Manifesto da Classe Trabalhadora”. O primeiro documento é uma iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), diante dos recorrentes ataques do presidente contra as urnas eletrônicas. É inspirado na Carta aos Brasileiros, de agosto de 1977, que teve grande importância no enfrentamento do regime de exceção. O Manifesto, produzido pela CSP-CONLUTAS e pela Intersindical: instrumento de luta e organização da classe trabalhadora, também reforça o posicionamento contrário às ameaças golpistas do presidente e por eleições livres.


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