Centrais e movimentos apontam 11 de agosto como dia de luta contra ataques antidemocráticos de Bolsonaro
03/08/2022
As centrais sindicais e movimentos que
integram a Campanha Fora Bolsonaro definiram 11 de agosto como dia nacional de
mobilização contra os ataques antidemocráticos que vêm sendo intensificados
pelo governo de ultradireita. Com o mote “Em defesa da democracia e por
eleições livres. Pelos direitos sociais, contra a violência, o desemprego e a
fome”, o objetivo é dar uma resposta contundente contra as ameaças golpistas
que vem sendo feitas por Bolsonaro. Além desta data, também já está apontado um
segundo dia nacional de mobilização no dia 10 de setembro.
Bolsonaro subiu o tom de suas ameaças
golpistas. No dia 18 de julho, reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da
Alvorada para atacar as instituições do país e o sistema eleitoral. Somam-se a
isso episódios cada vez mais frequentes de violência política, como o
lamentável assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu; e
de violência machista, racista e lgbtifóbica, como o repugnante caso do estupro
cometido por um médico anestesista durante um trabalho de parto no Rio de
Janeiro. Tudo isso é estimulado cotidianamente pelo discurso autoritário de
Bolsonaro e seus apoiadores.
Sem falar na grave crise social em curso no
país. Recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que mais
de 60 milhões de brasileiros enfrentam algum tipo de insegurança alimentar. São
praticamente três a cada 10 pessoas passando fome. A situação econômica no país
é marcada ainda por 90 milhões de trabalhadores desempregados ou em
subempregos; arrocho da renda do trabalhador e disparada da inflação, que afeta
principalmente os preços dos alimentos e combustíveis.
A CSP-Conlutas defende que para barrar o
autoritarismo de Bolsonaro é preciso que a classe trabalhadora volte a ocupar
as ruas. Sindicatos e movimentos devem atuar nas bases, para denunciar os
ataques do governo e organizar os trabalhadores à luta.
Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.