Congresso empurra CPI do MEC para depois das eleições
13/07/2022
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), antecipou que somente após as eleições há a previsão de iniciar a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção no
Ministério da Educação no governo Bolsonaro.
A manobra para impedir que a CPI do MEC possa
funcionar também contou com outra iniciativa, articulada pela base do governo
de Bolsonaro, com apoio de Pacheco. O senador leu o requerimento para a
abertura de outras duas comissões de inquérito: uma para apurar irregularidades
que resultaram na existência de obras públicas inacabadas no MEC e outra sobre
o crime organizado e o narcotráfico no Norte e no Nordeste e a
relação entre o aumento de homicídios de jovens e adolescentes nos anos de
2016 a 2020.
“Toda essa situação mostra que foi um erro as direções
majoritárias das centrais sindicais e movimentos terem freado o processo de
lutas no país em submissão ao calendário eleitoral. Não dá para confiar que
esse Congresso dominado pelo Centrão vá de fato a fundo na luta contra a
corrupção. Por isso, a CSP-Conlutas segue defendendo que é nas lutas que a
classe trabalhadora pode enfrentar todos os ataques e desmandos desse governo
de ultradireita e lutar por um programa alternativo em defesa de suas
reivindicações”, avalia o dirigente licenciado da CSP, Luiz Carlos Prates, o
Mancha.
Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.