Docentes cobram da Administração Central manutenção de condições de higiene no campus para garantir segurança da comunidade acadêmica

26/04/2022

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A assembleia docente que deliberou pelo retorno das atividades presenciais no dia 3 de março de 2022 encaminhou também que o sindicato, junto à categoria, permaneça vigilante às questões sanitárias necessárias para manutenção do retorno em condições seguras para toda a comunidade acadêmica. Desde o início das atividades presenciais, o cenário já sofreu alterações significativas como a redução do número de casos confirmados em todo o país, a publicação do decreto federal de fim da emergência sanitária no país pelo governo federal e o decreto estadual que desobriga o uso de máscaras faciais em todo a Bahia.


Para a categoria, conforme demonstrado em assembleia realizada na última terça-feira (19) (link para matéria), as medidas foram precipitadas, principalmente, por parte da Administração Central que acompanhou o decreto estadual, sem levar a discussão para o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). A assembleia ainda avaliou que o debate no âmbito do Comitê do Plano de Retomada, espaço no qual a diretoria da Adufs tem assento, é insuficiente. A falta de discussão nas demais instâncias trouxe indignação para os/as docentes quanto à forma aligeirada na tomada de uma medida que afetou diretamente a saúde de toda a comunidade acadêmica.

 

A não-obrigatoriedade no uso de máscaras, para muitos/as, significa um afrouxamento desnecessário nas regras de segurança, principalmente, considerando aqueles/as que têm comorbidades e/ou filhos/as que ainda não podem receber as três doses do imunizante contra o vírus da Covid-19. A assembleia encaminhou, nesse sentido, que a decisão sobre as máscaras seja remetida ao Consepe para que as discussões ocorram nas demais instâncias internas de forma ampla e democrática. Assim, seria possível chegar de fato a uma decisão que, se não contemplar a maioria, pelo menos não será tomada por via monocrática.

 

Na sequência dos fatos, a diretoria da Adufs reuniu-se com o Comando de Mobilização e com o Conselho de Representantes, na segunda-feira(25), para definir os próximos passos na luta para dar continuidade à vigilância das condições sanitárias no campus da UEFS. Foi encaminhado que, independentemente da definição sobre a obrigatoriedade da máscara colocada pela Administração Central, é necessário um diálogo direto entre docentes, demais trabalhadores/as e estudantes para que haja uma compreensão mútua sobre a importância da proteção coletiva. Este diálogo deve ser estabelecido também por meio de informativo que será disponibilizado pela Adufs com orientações para a continuidade de protocolos de segurança, como o uso de máscara. Os/As docentes entendem que esta é uma demanda que não se limita à comunicação institucional e deve ser realizada também por professores e professoras.


Em paralelo a isto, foi enviado à Administração Central um documento com solicitações acerca da manutenção da estrutura para que seja possível a continuidade das medidas sanitárias. A falta de sabão nos banheiros, por exemplo, problema antigo da UEFS, voltou a ocorrer. Os totens e refis para álcool em gel disponibilizados em todos os módulos no retorno das atividades presenciais não estão sendo repostos com a frequência necessária, bem como as salas de aula já não apresentam as mesmas condições de limpeza. Além disso, as máscaras que estão sendo disponibilizadas pela universidade precisam atendar condições mínimas de higiene no ato da distribuição, sem que sejam tocadas por todos/as.


Independentemente de a decisão não ter sido tomada em um espaço que possibilite a ampla discussão, é imprescindível que a Administração Central garanta condições mínimas de cumprimento dos demais protocolos, para oferecer condições de segurança para a comunidade acadêmica. A Adufs segue vigilante à manutenção dos protocolos sanitários, conforme encaminhado em assembleia, assim como aguarda a resposta dos gestores da Uefs sobre o posicionamento firmado em assembleia de que a decisão sobre a obrigatoriedade deve ser encaminhada o quanto antes para o Consepe.

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