Docente tem processo de DE deferido após judicialização de ação através de assessoria jurídica da Adufs
18/04/2022
Nos últimos dias, o
professor Eduardo Miranda, do Departamento de Educação da Universidade Estadual
de Feira de Santana (UEFS) teve seu processo de alteração de regime de trabalho
para Dedicação Exclusiva (DE) confirmado. Após judicialização, através da
assessoria jurídica da Adufs, o processo individual foi deferido após ser
negado pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB) com base na
Lei Complementar 173/2020. Com o resultado já confirmado no contracheque, o
professor pode solicitar o pagamento de retroativo.
O assessor jurídico da
Adufs, Danilo Souza Ribeiro, relata que os processos de DE têm sido exitosos de
modo geral. Desde o final de 2020 quando o governo do Estado determinou o
indeferimento irrestrito de todas as ações que estavam em tramitação no setor,
com base na LC 173/2020, quase a totalidade das ações impetradas na justiça
foram favoráveis aos professores e professoras. Segundo o advogado, uma frente
importante na defesa da autonomia universitária foi aberta a partir da tese
construída pela assessoria para garantir o direito da categoria.
A vigência da LC 173/2020 teve início em 28 de
maio de 2020 e chegou ao fim em 31 de dezembro de 2022. Ela foi criada pelo
Governo Federal com o argumento de garantir o equilíbrio das contas públicas,
por meio do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2
(Covid-19) e desde então tem sido utilizada como justificativa para impedir o
acesso de servidores e servidoras a direitos conquistados. Durante o período que
esteve em vigor, o governo, na sua escalada de ataques contra a categoria, a
utilizou de forma deliberada para indeferir pedidos que foram solicitados mesmo
antes da sua implementação. Esta situação só confirma o propósito da gestão de
precarizar ainda mais a carreira docente.
Para evitar retrocessos, a recomendação do
assessor jurídico Danilo Souza Ribeiro é de que os/as docentes devem sempre realizar os requerimentos administrativos necessários e se
manter vigilantes quanto ao andamento e seus resultados
para, se necessário, judicializar os processos em tempo hábil na tentativa de redução
dos prejuízos.
Docente da UEFS desde o fim de 2018, o professor
Eduardo Miranda relata que a estratégia do governo do Estado de tentar impedir
e/ou retardar a conquista dos direitos é um desestímulo frequente na carreira
que tem sido contornado com a ação do sindicato: “Existe um desestímulo muito
grande porque a gente tem esse direito garantido, mas na hora de acessar a
gente precisa ultrapassar por diversas barreiras, para nos cansar e impedir o
acesso aos nossos direitos. A existência do sindicato, a atuação da Adufs, é
fundamental para que a gente não se sinta sozinho nesse processo de buscar e
reconhecer os nossos direitos, a potência e relevância da docência. Sozinhos
não fazemos nada, mas quando há um coletivo que luta por uma mesma causa nós
formamos uma rede de apoio”, afirmou o professor que disse ainda ter sido
motivado à judicialização após
tomar conhecimento sobre ações favoráveis de outros/as docentes.
O atendimento da assessoria jurídica da Adufs
acontece por meio de plantões que ocorrem todas as terças-feiras, das 14 às 16
horas. Nesta terça (19), o atendimento acontecerá no formato virtual e o
agendamento deve ser feito, até às 12 horas do dia do atendimento, através do
e-mail [email protected] ou pelo telefone/whatsapp (75)
98864-7205. A partir da próxima terça (26), os atendimentos ocorrerão todos no
formato presencial, na sede da Adufs, no mesmo horário.