Ato no pórtico da UEFS reúne docentes para exigir máscaras de proteção para o retorno presencial
09/03/2022
Docentes exigiram a distribuição de máscaras de proteção
Conforme
deliberação em assembleia, nesta segunda-feira
(7), data em que foram retomadas as atividades acadêmicas presenciais, docentes
da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) se reuniram no pórtico da
universidade para exigir a distribuição de máscaras faciais para utilização no
período de trabalho. Equipamentos de proteção, como é o caso da máscara facial,
são garantias legais e devem ser fornecidos obrigatoriamente pelo empregador
para assegurar condições sanitárias seguras aos trabalhadores/as quando
expostos/as a riscos.
Diante das incertezas do
cenário pandêmico, docentes reivindicam garantias mínimas para exercer suas
funções com segurança. Além disso, as despesas acumuladas durante o período de
ensino remoto evidenciam o descaso do governo do estado em relação aos direitos
trabalhistas. Nesta conjuntura de arrocho salarial e reposição inflacionária insuficiente
após sete anos sem o pagamento, não é mais uma possibilidade retroceder diante
das investidas autoritárias e com objetivo de precarizar ainda mais as relações
trabalhistas.
Para o professor da Uefs
e diretor da Adufs, Elson Moura, o retorno às atividades é especialmente
importante em decorrência das reivindicações dos docentes por uma educação
essencialmente presencial e apenas contingencialmente remota, por conta dos
prejuízos físicos, emocionais e qualitativos decorrentes do ensino remoto. Para
que esta atividade presencial supra o déficit, ou pelo menos minimize os danos
acumulados no período de total isolamento, é indispensável garantir melhores
condições de trabalho e segurança sanitária para toda a comunidade
acadêmica. "Estamos aqui a partir
de um encaminhamento de assembleia, mobilizados e mobilizadas. Mantemo-nos
vigilantes e acompanhando as condições sanitárias que têm como marco principal, hoje, a distribuição
de máscara. Equipamento de proteção é obrigação do patrão e direito dos
trabalhadores e trabalhadoras", afirmou o professor.
Durante a manifestação
foi possível visualizar ônibus superlotados entrando na universidade com
estudantes e demais membros da comunidade acadêmica, o que aumenta a
preocupação do movimento docente em torno das condições sanitárias que estão
sendo negligenciadas diante de um retorno sem o adequado planejamento. A
categoria seguirá acompanhando os protocolos de segurança implementados pela
Administração Central da UEFS para avaliar a situação dos/das docentes neste
retorno presencial.