Docentes fazem protesto em Salvador para forçar o governo Rui Costa a receber a categoria

09/03/2022

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Esta quarta-feira (9) é mais um dia desta semana de mobilização para os professores da Uefs. Desta vez, em conjunto com os docentes das demais universidades estaduais baianas, fazem protesto em Salvador para pressionar o governo Rui Costa a recebê-los. Apesar de ter assumido a SEC em fevereiro de 2019, Jerônimo Rodrigues, também professor desta instituição, só esteve com a categoria uma única vez, após ter sido pego de surpresa pela ida do comando de greve da Uefs a um evento oficial do governo, realizado no Instituto de Educação Gastão Guimarães, em Feira de Santana. O compromisso assumido pelo gestor, à época, nunca foi cumprido. 


O ato público desta quarta-feira (9) começou em frente à Secretaria Estadual da Educação (SEC), às 9h, e será finalizado nesta tarde na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), com ida a gabinetes de deputados. Na Casa Legislativa, os docentes tentarão reunir-se com o presidente Adolfo Menezes (PSD), com os líderes das representações partidárias da maioria e da minoria, respectivamente, Rosemberg Pinto (PT) e Sandro Régis (DEM), além da presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos, Fabíola Mansur (PSB). Na pauta da reunião, o pedido para os parlamentares intermediarem o encontro com membros do governo estadual. Todos esses parlamentares também são velhos conhecedores da pauta de reivindicação da categoria, haja vista as constantes visitas do Fórum das ADs aos seus gabinetes para conversar sobre o assunto e entregar-lhes o documento.


Os professores das universidades estaduais baianas se ressentem do sucateamento da educação pública superior na Bahia. Desde 2015 não há o pagamento do reajuste linear à categoria. O reajuste de 4% oferecido por Rui Costa e tão alardeado à imprensa estadual não repõe sequer a inflação acumulada em 2021. Direitos trabalhistas previstos em lei são vilipendiados, forçando os servidores a recorrerem à via judicial para gozá-los. Outra situação grave é o sucessivo contingenciamento dos recursos das universidades, responsável pelo estrangulamento financeiro dessas instituições.


Empenhados na defesa das universidades estaduais baianas, os docentes da Uefs confirmaram disposição para iniciar o processo de radicalização das ações, conforme determinado em assembleia realizada no dia 24 de fevereiro deste ano.


Protestos do início da semana


Na segunda-feira (7), os professores da Uefs fizeram uma mobilização no pórtico da Uefs para demarcar a mobilização pela entrega da máscara de proteção facial, garantida pela Administração Central da Uefs em reunião com a diretoria da Adufs. Conforme previsto em lei, a garantia do Equipamento de Proteção Individual (EPI) é obrigação do empregador.

 

Nesta terça-feira (8), data que marca o Dia Internacional de Luta das Mulheres, docentes da Uefs marcaram presença no ato construído por diversas entidades de Feira de Santana para reafirmar a luta pela defesa dos direitos das mulheres e pelo fim das desigualdades de gênero.

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